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Revista Brasileira de Ortopedia - Risks and consequences of using the transportal technique in reconstructing the anterior cruciate ligament: relationships between the femoral tunnel, lateral superior genicular artery and lateral epicondyle of the femoral condyle

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Revista Brasileira de Ortopedia

Print version ISSN 0102-3616

Rev. bras. ortop. vol.47 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2012

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-36162012000500011 

ARTIGO ORIGINAL

 

Riscos e consequências do uso da técnica transportal na reconstrução do ligamento cruzado anterior: relação entre o túnel femoral, a artéria genicular lateral superior e o epicôndilo lateral do côndilo femoral

 

 

Diego Costa AsturI; Vinicius AleluiaII; Ciro Veronese SantosII; Gustavo Gonçalves ArlianiI; Ricardo BadraII; Saulo Gomes OliveiraII; Camila Cohen KalekaIII; Moisés CohenIV

IMédico Ortopedista do Centro de Traumatologia do Esporte da Unifesp/EPM - São Paulo, SP, Brasil
IIMédico Ortopedista; Especializando em Cirurgia do Joelho do Instituto Cohen - São Paulo, SP, Brasil
IIIMédica Ortopedista da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo, SP, Brasil
IVProfessor Livre-Docente; Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp/EPM - São Paulo, SP, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

OBJETIVO: Definir zona de segurança para evitar possíveis complicações vasculares e ligamentares durante a reconstrução do ligamento cruzado anterior.
MÉTODOS: Reconstrução artroscópica com uso de técnica transportal e transtibial em joelhos de cadáver foi realizada seguida de dissecção e mensuração da distância entre o túnel femoral e a inserção proximal do ligamento colateral lateral e o túnel femoral e a artéria genicular lateral superior.
RESULTADOS: A mensuração das distâncias analisadas mostra uma aproximação maior do principal ramo da artéria genicular lateral superior e da inserção proximal do ligamento colateral lateral com o túnel femoral, realizado com a técnica transportal.
CONCLUSÃO: Percebemos que o uso da técnica transportal para reconstrução artroscópica do LCA apresenta maior probabilidade de lesão da artéria genicular lateral e da inserção do ligamento colateral lateral, favorecendo complicações pós-cirúrgicas como instabilidade do joelho, osteonecrose do côndilo femoral lateral e ligamentização do enxerto.

Descritores: Ligamento Cruzado Anterior; Procedimentos Cirúrgicos Minimamente Invasivos; Artérias; Fêmur


 

 

INTRODUÇÃO

O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma das principais estruturas do joelho, responsável pela estabilização anteroposterior e rotacional(1). Tem inserção proximal na superfície medial do côndilo femoral lateral e inserção distal na depressão anterolateral da fossa intercondilar da tíbia(1) e é composto por duas bandas: a banda anteromedial e a banda posterolateral(2,3). A atividade esportiva recreacional ou profissional exige uma boa função do joelho e a maior participação no esporte pela população em geral expõe estes indivíduos a um risco aumentado de lesões, sendo muito comum a lesão do LCA. O tratamento cirúrgico, na maioria das vezes, é considerado a melhor opção terapêutica para joelhos com LCA deficiente e resulta em aproximadamente 100.000 reconstruções por ano nos Estados Unidos(4).

Estudos clínicos e biomecânicos têm proporcionado um melhor entendimento desse ligamento na dinâmica articular, contribuindo para um aperfeiçoamento nas cirurgias de reconstrução observado nos últimos anos. A reconstrução artroscópica do LCA é uma cirurgia ortopédica bem sucedida e comumente realizada, existindo uma variedade considerável de técnicas e materiais empregados. O objetivo do tratamento cirúrgico é restabelecer a estabilidade do joelho, propiciar o retorno às atividades esportivas, e a longo prazo evitar osteoartrose da articulação(5,6).

Dentre as técnicas empregadas para reconstrução do LCA, a mais comumente realizada é a transtibial, na qual o túnel femoral é realizado por um guia introduzido através do túnel tibial e resulta em uma posição verticalizada e isométrica do neoligamento, porém não anatômica(7). Estudos mostram a grande dificuldade de se conseguir alcançar a posição horizontalizada do túnel femoral(8,9) pela técnica transtibial. A reconstrução não anatômica do ligamento é considerada a causa de alguns maus resultados desta cirurgia, como a persistência de instabilidade rotacional, o que estimulou o desenvolvimento de técnicas que favorecessem o posicionamento anatômico do neoligamento(10). A opção de reconstruir as duas bandas, anteromedial e posterolateral, mostrou-se eficaz(10-13); porém, dificuldades técnicas frequentes, maior tempo de cirurgia e um maior custo com os materiais de fixação foram algumas das restrições para popularização desta técnica.

Realizar a reconstrução através de técnica transportal tem-se mostrado uma opção aonde é possível aliar a reprodução anatômica do ligamento através de um posicionamento independente dos túneis femoral e tibial com a praticidade da reconstrução de banda única no joelho(14). O neoligamento resulta em posição horizontalizada proporcionando maior estabilidade anteroposterior e rotacional(15,16) e desempenho biomecânico(16-18), minimizando a ocorrência de osteoartrose futura(5,6).

Com a posição horizontalizada e distal do túnel femoral, seu ponto de entrada localiza-se no centro do footprint femoral, no ponto médio entre as inserções das duas bandas no LCA ou no local da banda posterolateral do ligamento nativo(19). A horizontalização do túnel femoral resultante da técnica anatômica transportal(20) expõe o fio-guia do túnel femoral a uma região anatômica comumente não abordada do côndilo femoral lateral(21). Nessa região encontra-se a principal artéria nutridora do côndilo femoral lateral e um dos principais ramos vasculares da artéria poplítea: a artéria genicular lateral superior(22,23). Ainda, próximo desta região, encontra-se o epicôndilo lateral do fêmur, local de inserção proximal do ligamento colateral lateral, e o tendão do músculo poplíteo. O risco de lesão das estruturas próximas ao córtex lateral do fêmur pode levar a complicações importantes(24).

O objetivo deste estudo é mensurar e comparar a distância média entre o centro do túnel na cortical femoral lateral, o epicôndilo lateral e o principal ramo da artéria genicular lateral superior durante a realização, em joelho de cadáver, da reconstrução do LCA por técnica transtibial e técnica transportal e poder definir o risco de lesão das estruturas estudadas e suas possíveis consequências.

 

MÉTODOS

Este projeto foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo.

Utilizamos três joelhos de cadáver para estudo do côndilo femoral lateral que se apresentavam com 20cm da região distal do fêmur e 20cm da região proximal da tíbia. Inicialmente, todas as artérias presentes nas extremidades foram identificadas e ligadas com fio de algodão, de maneira que apenas a região proximal e distal da artéria poplítea (a única que não teve seu canal obstruído) funcionasse como ponto de entrada e saída do contraste aplicado nos joelhos.

Introduzimos injeção de contraste de silicone líquida não transparente associado a corante vermelho pela artéria poplítea para identificação e mensuração das estruturas estudadas. Realizamos artroscopia dos joelhos em laboratório próprio com instrumental adequado. O ligamento cruzado anterior íntegro foi lesado e ressecado e, em seguida, realizamos a introdução dos fios-guias no fêmur pela técnica transportal e transtibial, simulando o ponto de saída dos túneis habitualmente utilizados (Figuras 1 e 2).

 

 

 

 

A terceira fase do estudo corresponde à dissecção dos joelhos. Com a permanência dos fios-guias femoral transtibial e transportal, uma via lateral do joelho foi realizada e dissecada até as camadas mais profundas do compartimento posterolateral, para visualização da artéria genicular lateral superior em todo o seu trajeto, desde seu início na artéria poplítea e definição do epicôndilo lateral e estruturas ali inseridas (Figura 3).

 

 

As medidas da distância do túnel femoral até a inserção proximal do ligamento colateral lateral e a distância do túnel femoral até o ramo principal da artéria genicular lateral superior foram realizadas e comparadas entre as diferentes técnicas estudadas para reconstrução do LCA.

 

RESULTADOS

A mensuração das distâncias analisadas mostra uma aproximação maior do principal ramo da artéria genicular lateral superior e da inserção proximal do ligamento colateral lateral com o túnel femoral realizado com a técnica transportal.

O túnel transtibial se apresentou em média 0,6cm mais distante da artéria quando comparado com o túnel transportal e 2,2cm mais distante da inserção proximal ligamentar quando comparado com o túnel transtibial. Todos os valores encontrados podem ser avaliados na Tabela 1.

 

 

DISCUSSÃO

A reconstrução do ligamento cruzado anterior é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns na prática ortopédica. Dados sugerem que mais de 100.000 reconstruções são realizadas anualmente nos EUA(4,21), sendo que as complicações vasculares são pouco documentadas na literatura. Após um maior interesse na horizontalização do túnel femoral na tentativa de reproduzir o footprint anatômico do LCA no fêmur, acredita-se que há um maior risco de lesão das estruturas laterais nobres do joelho durante o ato cirúrgico.

O posicionamento vertical através do túnel transtibial foi largamente utilizado em todo mundo com altos índices de bons e ótimos resultados clínicos descritos na literatura(25-28). Porém, os trabalhos mais antigos não avaliavam a estabilidade rotacional desses pacientes e uma parcela desses pacientes persistia com sintomas de falseio e positividade da manobra pivot-shift(17,29). Em contrapartida, o posicionamento mais horizontal do neoligamento na parede lateral do côndilo femoral lateral, mais próximo ao footprint anatômico, proporciona maior estabilidade rotacional agregada à estabilidade anteroposterior, melhorando os resultados pós-operatórios que permaneciam com algum grau de instabilidade(7,15-18).

Como esta técnica cirúrgica tem ganhado maior destaque nos últimos anos, mais estudos comparando as duas técnicas a longo prazo são necessários para definir os benefícios e possíveis complicações não observadas com a primeira técnica. Devido à proximidade de estruturas nobres no local de saída do fio-guia e dependendo da técnica de fixação do enxerto, do túnel femoral, um maior interesse em possíveis lesões envolvendo estruturas laterais do côndilo femoral como o ligamento colateral lateral e a artéria genicular superior lateral e suas possíveis complicações como osteonecrose do côndilo femoral lateral e retardo na cicatrização do enxerto preocupam os cirurgiões que optaram pela nova técnica na tentativa de melhorar seus resultados pós-operatórios.

Neven et al(30), em um estudo anatômico em cadáveres, avaliaram o risco de lesão das estruturas laterais e posterolaterais durante a perfuração do túnel femoral na posição anatômica através do portal anteromedial baixo com o joelho em 120 graus de flexão. Eles avaliaram a distância de saída do fio-guia em relação ao ligamento colateral lateral, tendão do gastrocnêmio lateral e tendão do poplíteo, e concluíram que nenhuma estrutura estava em risco durante o procedimento, porém não foi avaliada a distância em relação à artéria genicular superior lateral que é a principal fonte de suprimento sanguíneo ao côndilo femoral lateral.

Já Farrow e Parker(21) avaliaram o risco de lesão dessas estruturas, exceto a artéria genicular, realizando a perfuração do túnel femoral através de artrotomia nos joelhos de cadáveres utilizando como referência estruturas ósseas para colocação padronizada do fio-guia com o joelho em 90 graus de flexão em posição ligeiramente lateral ao côndilo femoral medial e ligeiramente acima do corno anterior do menisco medial. Eles concluíram que o túnel femoral deve ser perfurado com, no mínimo, 110 graus de flexão do joelho para diminuir o risco de lesão das estruturas laterais. Neste estudo, apesar da diferença existente entre o túnel femoral e o ligamento colateral lateral dependendo da técnica empregada, o risco de lesão ligamentar parece ser minimizado pela distância considerada segura, concordando com os dados da literatura.

A lesão da artéria genicular superior lateral durante a reconstrução artroscópica do LCA é um evento pouco mencionado, sem relatos descritos na literatura; em contrapartida, a osteonecrose do côndilo femoral lateral foi referida por alguns autores como complicação deste procedimento cirúrgico(24,31). Acreditamos que a lesão iatrogênica da artéria genicular superolateral, apesar da sua rica rede anastomótica, seja um fator de risco para esta temida complicação, porém pouco se conhece sobre a possível consequência de uma lesão vascular total nesse ramo arterial.

A primeira descrição de osteonecrose do côndilo lateral pós-reconstrução do LCA foi feita por Athanasian et al(24), em 1995, em um paciente com lesão crônica do ligamento, reconstruído artroscopicamente. Após 25 meses da cirurgia, iniciou quadro agudo de dor após uma lesão em hiperflexão, mas sem lesar nenhuma estrutura ligamentar. A RM demonstrou defeito no osso subcondral próximo ao túnel femoral no côndilo femoral lateral além de lesão condral na região posterior do côndilo. Em 2010, outra descrição foi feita por Shenoy et al(31), de um paciente submetido à reconstrução com tendões flexores quatro semanas após trauma no joelho apresentando grande edema ósseo na RM inicial. Após 15 meses da reconstrução, iniciou quadro de dor progressivamente incapacitante perdurando por oito meses com lesões líticas nas radiografias e área de baixo sinal no côndilo lateral.

A incidência rara de necrose no lado lateral é devida à maior vascularização intraóssea e de uma rede de anastomose extraóssea presente nesse lado. O principal suprimento sanguíneo do côndilo femoral lateral é provido pela artéria genicular superior lateral; porém, consistentemente ela recebe um ramo anastomótico da artéria genicular inferior lateral. Esta conexão está presente, na maioria das vezes, sob o ligamento colateral lateral e possivelmente é uma das causas da menor incidência de eventos osteonecróticos no côndilo lateral(22,23).

Com a mensuração da distância entre o principal ramo desta artéria e o túnel femoral, podemos avaliar que a proximidade entre o túnel e o vaso existe e a chance de lesão desta artéria pode ocorrer com frequência, sugerindo ser esta a principal causa dos raros, mas existentes casos de osteonecrose do côndilo femoral lateral pós-reconstrução do ligamento cruzado anterior. A maior proximidade durante a realização da técnica transportal torna este um risco decorrente de seu uso.

Outro potencial risco do uso da técnica transportal baseado nos resultados encontrados neste estudo e resultante de uma possível lesão da artéria genicular lateral superior é a alteração da capacidade de cicatrização do neoligamento no túnel femoral.

As fases do processo de ligamentização consistem em necrose, edema, revascularização, invasão fibroblástica e síntese de colágeno, ocorrendo envolvimento do tecido sinovial vascularizado no final desse processo(32). Entende-se por ligamentização o conceito introduzido por Amiel et al(32) em 1986, que consiste em remodelagem bioquímica e histológica do enxerto de tendão em ligamento.

Vários fatores podem influenciar a ligamentização do enxerto como a isometricidade, posicionamento anatômico, colaboração do paciente, resposta à cicatrização, força biomecânica, reabilitação pós-operatória e, principalmente, vascularização(33). Estudos sugerem que o processo de ligamentização ocorra em aproximadamente um ano após a cirurgia.

Acreditamos que a lesão desta artéria possa alterar o processo de ligamentização do enxerto, retardando este processo e, consequentemente, a capacidade de restabelecer um ligamento biologicamente integrado.

O estudo apresenta algumas limitações: o número reduzido de joelhos avaliados limita o valor estatístico dos resultados. Avaliação da trama vascular intraóssea não foi realizada, o que tornaria os resultados e suposições do estudo ainda mais significativas.

 

CONCLUSÃO

O uso da técnica transportal para reconstrução artroscópica do LCA apresenta maior probabilidade de lesão da artéria genicular lateral e da inserção do ligamento colateral lateral, favorecendo complicações pós-cirúrgicas como instabilidade do joelho, osteonecrose do côndilo femoral lateral e ligamentização do enxerto.

 

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Endereço para correspondência:
Diego Costa Astur
Rua Borges Lagoa, 783, 5º andar, Vila Clementino
04038-032 - São Paulo, SP.
E-mail: mcastur@yahoo.com

Trabalho recebido para publicação: 26/10/2011
Aceito para publicação: 29/11/2011
Os autores declaram inexistência de conflito de interesses na realização deste trabalho

 

 

Trabalho realizado no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo.