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Revista de Saúde Pública - First report of Aedes albopictus in the state of Santa Catarina, Brazil

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Revista de Saúde Pública

Print version ISSN 0034-8910

Rev. Saúde Pública vol.36 n.2 São Paulo Apr. 2002

http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102002000200019 

Primeiro registro de Aedes albopictus no Estado de Santa Catarina, Brasil
First report of Aedes albopictus in the state of Santa Catarina, Brazil

Peter Löwenberg-Netoa* e Mário A Navarro-Silvab

aUniversidade Federal do Paraná. Curitiba, PR, Brasil. bLaboratório de Entomologia Médica e Veterinária do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, PR, Brasil

 

 

DESCRITORES
Aedes. Insetos vetores. Culicidae. Dengue, transmissão. Aedes albopictus.

RESUMO
Três fêmeas adultas de Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse) foram capturadas por meio de isca humana em área peridomiciliar de remanescente de Mata Atlântica na Praia de Itaguaçu, Ilha de São Francisco do Sul, litoral Norte de Santa Catarina.

KEYWORDS
Aedes. Insect vectors. Culicidae. Dengue, transmission. Aedes albopictus.

ABSTRACT
Three adult females of Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse) were captured using a human bait in the surrounding dwelling area of the remaining rain forest in Itaguassu beach, island of São Francisco do Sul, northern coast of the state of Santa Catarina, Brazil.

 

 

O Aedes albopictus é um mosquito alóctone de região neotropical, que teve seu primeiro registro em território brasileiro em 1986, no Rio de Janeiro.1 Assim como a maioria das espécies do subgênero Stegomyia Theobald 1901, essa espécie é de importância epidemiológica como vetor de agentes etiológicos de natureza arbovirótica. A comprovada capacidade do mosquito na transmissão da dengue e da febre amarela em outras regiões torna seu encontro um fato epidemiologicamente importante. As novas condições em que está submetido na região neotropical propulsionam estudos mais aprofundados sobre o Aedes albopictus.

Recentemente foi registrada presença de Aedes albopictus em 14 estados brasileiros2 em regiões rurais, urbanas e rural-urbanas. Dos três estados que compõem o Sul do Brasil, apenas no Paraná havia sido reportada a presença de Aedes albopictus, com captura de dois adultos fêmeas na cidade de Curitiba em 1996.3

Em 8 de setembro de 2001, por meio de isca humana, foram capturadas três fêmeas adultas de Aedes albopictus em área peridomiciliar em remanescentes de Mata Atlântica, na Praia de Itaguaçu, na Ilha de São Francisco do Sul, litoral Norte de Santa Catarina (26º14'S e 48º38'W). Todos os adultos foram capturados no período vespertino. Os indivíduos foram armazenados em recipientes cilíndricos, e posteriormente confirmada sua identificação. Os exemplares adultos foram depositados na Coleção Entomológica Pe. J. S. Moure, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná.

A Ilha de São Francisco do Sul está situada no litoral Norte de Santa Catarina; dista cerca de 200 km da capital Florianópolis e faz divisa com os municípios de Itapoá e Garuva ao Norte, Joinville e Araquari a Oeste, Barra do Sul ao Sul e possui a Leste uma extensão de aproximadamente 30 km banhada pelo Oceano Atlântico. A ilha tem acesso pela região Sudoeste por rodovia pela BR 280, que tem inicio no Porto de São Francisco do Sul e segue até a fronteira com o estado do Paraná, na cidade de Porto União. A partir do Porto de São Francisco do Sul, também segue uma ferrovia. No continente, a ferrovia se estende por uma malha norte-sul, que passa por todos os estados do Sul e faz a ligação com São Paulo, e uma malha leste-oeste, que se estende até a Argentina e é responsável pelo escoamento de grãos para os portos brasileiros. O transporte aeroviário é restrito a um aeroporto de referência doméstica na cidade de Joinville, a aproximadamente 30 km da ilha. Na porção Centro-Norte da ilha está localizado o Porto de São Francisco do Sul, um dos pontos de referência marítima nacional, responsável por grande parte do transporte marítimo do estado. Além das possíveis vias de acesso à Ilha de São Francisco do Sul citadas anteriormente, o Aedes albopictus pode ainda ter se dispersado pelo continente vindo do Sudeste do Brasil.

 

REFERÊNCIAS

1. Forattini OP. Identificação de Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse) no Brasil. Rev Saúde Pública 1986;20:244-5.         [ Links ]

2. Gomes AC, Bitencourt MD, Natal D, Pinto PZS, Mucci LF, Paula MB et al. Aedes albopictus em área rural do Brasil e implicações na transmissão de febre amarela silvestre. Rev Saúde Pública 1999;33:95-7.         [ Links ]

3. Sant'Ana AL. Primeiro encontro de Aedes (Stegomyia) albopictus (Skuse) no Estado do Paraná, Brasil. Rev Saúde Pública 1996;30:392-3.         [ Links ]

 

Correspondência para/Correspondence to:
Mário Antônio Navarro da Silva
Setor de Ciências Biológicas - Depto Zoologia
Laboratório de Entomologia Médica e Veterinária
Universidade Federal do Paraná
Caixa Postal 19020
81531-990 Curitiba, PR, Brasil
E-mail: mnavarro@bio.ufpr.br

* Bolsista do Programa de Iniciação Científica do CNPq.

Recebido em 19/11/2001. Aprovado em 18/12/2001.