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Revista Eletrônica de Enfermagem
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Artigo de Revisão
 

Oliveira DC, Formozo GA, Gomes AMT, Acioli S, Marques SC, Costa TL, Heringer A. A produção de conhecimento sobre HIV/AIDS no campo da teoria de representações sociais em 25 anos da epidemia. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2007;9(3):821-34. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n3/v9n3a21.htm

 

A produção de conhecimento sobre HIV/AIDS no campo da teoria de representações sociais em 25 anos da epidemia

 

The knowledge production about HIV/AIDS and social representations in 25 years of the epidemic

 

La producción de conocimiento sobre VIH/SIDA en el escenario de la teoría de representaciones sociales en 25 años de la epidemia

 

 

Denize Cristina de OliveiraI, Gláucia Alexandre FormozoII, Antônio Marcos Tosoli GomesIII, Sônia AcioliIV, Sergio Corrêa MarquesV, Tadeu Lessa da CostaVI, Ariádina HeringerVII

IEnfermeira, Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, Professora Titular da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FENF/UERJ), Rio de Janeiro (RJ). E-mail: dcouerj@gmail.com

IIEnfermeira, Mestranda em Enfermagem pela FENF/UERJ, Bolsista CAPES, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: glaucinhaenf@yahoo.com.br

IIIEnfermeiro, Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery/Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ), Professor Adjunto da FENF/UERJ, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: mtosoli@gmail.com

IVEnfermeira, Doutora em Saúde Coletiva pela UERJ, Professora Adjunta da FENF/UERJ, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: soacioli@uerj.br

VEnfermeiro, Doutor em Enfermagem pela EEAN/UFRJ, Professor Assistente da FENF/UERJ e Enfermeiro do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: sergiocmarques@uol.com.br

VIEnfermeiro, Mestrando em Enfermagem pela FENF/UERJ, Enfermeiro do Hospital dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: tadeulessa@yahoo.com.br

VIIEnfermeira, Mestranda em Enfermagem pela FENF/UERJ, Bolsista CAPES, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: ariadinaheringerbr@yahoo.com.br

 

 


RESUMO

Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, quantitativa, que objetiva identificar e analisar a produção científica, publicada em dissertações, teses e artigos, sobre as representações sociais relacionadas ao HIV/AIDS. A busca deu-se nas bases de dados virtuais da CAPES, BIREME, USP e UFRJ, utilizando como critérios: apresentar em seus resumos os termos HIV e/ou AIDS e a expressão representação social ou representações sociais; ter sido publicada entre 1980 e 2006; e encontrar-se no idioma português, inglês ou espanhol. Constatou-se a predominância de publicações no período de 2001 a 2006, bem como, um maior quantitativo de produções na área da Enfermagem. Entre os cenários dos estudos encontram-se escolas e hospitais e, dentre os sujeitos, pessoas soropositivas ao HIV e adolescentes. As temáticas mais abordadas foram “representações sociais do HIV/AIDS”, “prevenção do HIV/AIDS” e “viver com o HIV/AIDS”. Concluiu-se que existe um crescente interesse dos pesquisadores na abordagem psicossocial das representações sociais e do HIV/AIDS, caracterizando uma resposta científica à epidemia.

Palavras chave: Enfermagem; Pesquisa em Enfermagem; HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.


ABSTRACT

This is a exploratory, descriptive and quantitative research. Its objective is to identify and to analyze the scientific production about social representations related to the HIV/AIDS, in dissertations, thesis and articles. The virtual databases searched were: CAPES, BIREME, USP and UFRJ, with the criteria: to present the terms HIV and/or AIDS and the expression social representation or social representations in the abstracts; to be published between 1980 and 2006; in the languages portuguese, spanish and english. The majority of the studies analyzed were published between 2001 and 2006, with the largest quantitative of productions in the nursing field. The largest of the group studied were patients with HIV or AIDS and adolescents. The locations for data collection most used were the school and the hospital. The predominant themes were “social representation about HIV/AIDS”, “prevention of HIV/AIDS” and “living with the HIV/AIDS”. Its concluded that there is a growing interest of researchers in the psychosocial approach of the social representations and HIV/AIDS, defining a scientific response to the HIV/AIDS epidemic.

Key words: Nursing; Nursing Research; HIV; Acquired Immunodeficiency Syndrome.


RESUMEN

Se trata de una pesquisa exploratório-descriptiva, cuantitativa, que objetiva identificar y analisar la producción científica, publicada en disertaciones, tesis y artículos, sobre las representaciones sociales relacionadas ao VIH/SIDA. La búsqueda ocurrió en las bases de datos virtuales de la CAPES, BIREME, USP y UFRJ, utilizando como criterios: presentar en sus resúmenes los términos VIH y/o SIDA y la expresión representación social o representaciones sociales; tener sido publicada entre 1980 y 2006; y encontrarse en el idioma portugués, inglés o español. Se constató lo predomínio de publicaciones en el período de 2001 a 2006, así como un mayor cuantitativo de producciones en lo escenario de la enfermería. Entre los escenarios de los estudios se encuentran las escuelas y hospitales y, dentre los sujetos, personas soropositivas al VIH y adolescente. Las temáticas más abordadas fueron “representaciones sociales del VIH/SIDA”, “prevención del VIH/SIDA” y “vivir com VIH/SIDA”. Se concluyó que existe un creciente interés de los investigadores en la abordaje psicosocial de las representaciones sociales – VIH/SIDA, caracterizando una respuesta científica a la epidemia.

Palabras clave: Enfermería; Investigación en Enfermería; VIH; Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida.


 

 

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

No decorrer de três décadas da epidemia do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), doença causada por aquele agente, emergiram diversas representações da doença e de seus portadores, muitas vezes relacionadas ao seu perfil epidemiológico. No entanto, hoje, a caminho da quarta década, ainda são observadas representações semelhantes àquelas existentes nos primórdios desta epidemia.

No início, a AIDS foi considerada no conhecimento reificado uma doença que atingia somente grupos restritos, sendo denominada de “doença dos gays” e “doença dos quatro H” (homossexuais, hemofílicos, haitianos e heroinômanos). Com a sua disseminação, o perfil epidemiológico modificou-se, acarretando sua feminização, heterossexualização, envelhecimento e pauperização.

Desta forma, o conceito de “grupos de risco” deu lugar ao de “comportamentos de risco”, ou seja, entendia-se não mais que grupos restritos eram susceptíveis à infecção pelo HIV, mas que o risco estaria em determinados comportamentos, os quais aumentariam as chances de sua transmissão (1-2). Tais comportamentos consistiam, por exemplo, na atividade sexual sem preservativo e no compartilhamento de agulhas ou seringas.

Atualmente, desenvolve-se o referencial da vulnerabilidade, a qual consiste em um conjunto de aspectos individuais e coletivos, relacionados à maior exposição de indivíduos e populações à infecção e ao adoecimento pelo HIV e, de modo inseparável, à maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para se protegerem do vírus e da doença (1,3).

Ainda cabe ressaltar que, nesse percurso, foram elaboradas representações sociais de culpados e vítimas da doença. Os primeiros eram representados pelos usuários de drogas injetáveis, homossexuais masculinos e prostitutas, caracterizados como aqueles que, de alguma maneira, podem ser responsabilizados pela existência e pela transmissão do vírus e da doença. Já os segundos, consistiam em crianças, cuja forma predominante de transmissão é a vertical, pessoas infectadas em hemotransfusões e aquelas que contraíram o vírus através de seus cônjuges (1).

Estas representações elaboradas pelos grupos sociais acerca da doença e de seus atingidos influenciaram, e ainda influenciam, as atitudes das pessoas diante dos grupos acometidos, freqüentemente marcada pela discriminação. Interferem, também, na construção de respostas do Estado frente à epidemia, isto porque as representações sociais, entendidas como um “conjunto de conceitos, proposições e explicações originado na vida cotidiana no curso de comunicações interpessoais” (4), se constituem em elementos orientadores e justificadores da ação.

Assim, sobretudo a partir da década de 90, tiveram impulso pesquisas voltadas a questões psicossociais relacionadas ao HIV/AIDS (5), no âmbito das quais emergiram estudos desenvolvidos à luz da Teoria das Representações Sociais (TRS), a qual consiste em “uma teoria geral sobre o metassistema de regulações sociais que intervêm sobre o sistema de funcionamento cognitivo” (6). A TRS tem sido foco de interesse de muitos pesquisadores da área da saúde (7), trazendo importantes elementos para as investigações no campo do HIV/AIDS.

Deste modo, surgiu a motivação para o desenvolvimento do presente trabalho, o qual tem por objeto a produção científica sobre representações sociais relacionadas ao HIV/AIDS, e por objetivos identificar e analisar a produção científica – publicada em dissertações, teses e artigos – no que concerne às representações sociais relacionadas ao HIV/AIDS.

A efetivação deste estudo justifica-se pela possibilidade de apreensão das modulações sofridas pelo conhecimento produzido sobre HIV/AIDS no campo da TRS (8) e pela compreensão do modo pelo qual a referida produção científica se constitui em um tipo específico de resposta à epidemia.

 

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo bibliográfico, exploratório-descritivo, pautado na abordagem quantitativa. A busca por dissertações, teses e artigos científicos voltados ao estudo das representações sociais e do HIV/AIDS foi efetuada no decorrer do mês de outubro de 2006, nas seguintes bases de dados: Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), site do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e nas bibliotecas virtuais da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A escolha por tais bases deveu-se ao fato de a CAPES consistir na representação do Ministério da Educação, responsável pela divulgação da produção científica desenvolvida nos cursos de pós-graduação stricto sensu brasileiros; a BIREME ser um centro especializado da Organização Pan-Americana da Saúde, que objetiva contribuir para o desenvolvimento da saúde, fortalecendo e ampliando o fluxo de informação em ciências da saúde; e a USP e a UFRJ por contarem com bibliotecas virtuais implantadas há longo tempo e também albergarem o maior quantitativo de cursos de pós-graduação brasileiros.

Os critérios para a seleção das dissertações, teses e artigos foram: apresentar em seus resumos os termos HIV e/ou AIDS e a expressão representação social ou representações sociais; ter sido publicada no período de 1980 a 2006; e encontrar-se no idioma português, inglês ou espanhol.

Como resultado da primeira busca foram identificadas 321 produções científicas. No entanto, houve a necessidade de um refinamento, pois algumas produções se apresentavam repetidas nas bases de dados e outras possuíam algum dos termos delimitados na busca, embora não tratassem do assunto de interesse do estudo. Após o refinamento, o quantitativo de publicações identificadas envolvendo representações sociais e HIV/AIDS consistiu em 136 produções.

Cabe destacar que a maior parte dos estudos identificados tinha apenas seus resumos disponíveis para consulta, motivo pelo qual a análise foi realizada com base nestes. Embora tivessem sido, também, delimitados inglês e espanhol como idiomas para a busca, as pesquisas identificadas apresentavam seus resumos em português nas suas respectivas bases de dados.

Os dados foram analisados considerando as seguintes variáveis: ano de publicação; tipo de publicação; modalidade de pós-graduação e dependência administrativa na qual dissertações e teses foram desenvolvidas; área de conhecimento; região brasileira ou país de publicação; região brasileira ou país de coleta dos dados; agência financiadora do estudo; palavras-chave; tipo de estudo; campo de estudo; sujeitos do estudo e temática abordada.

Cabe destacar que para as variáveis tipo de estudo e temática abordada, foi realizada a Análise de Conteúdo Temática (9), visto que, para a primeira, a maioria dos estudos não explicitavam estes dados no resumo e, para a segunda, fez-se necessário proceder à categorização, dada a dispersão dos temas abordados nas pesquisas.

Os resultados serão apresentados por meio de gráficos e tabelas e discutidos à luz de autores cuja produção mostrou-se pertinente para a análise do objeto de estudo em tela.

 

RESULTADOS

O primeiro estudo dedicado às representações sociais e ao HIV/AIDS foi publicado em 1990, e consistiu numa dissertação de mestrado defendida na Pontifica Universidade Católica de São Paulo. Nesta, a autora buscou conhecer as representações sociais de pessoas soropositivas ao HIV acerca de temas como doença, família e drogas, bem como as posições de profissionais da área de Serviço Social em relação aos sujeitos acometidos pelo HIV. Essa data de início das publicações é justificada por tratar-se de trabalhos de pesquisa que só são veiculados após o seu término, o que demanda tempo entre a produção dos resultados e a sua divulgação. Por outro lado, deve-se considerar que os primeiros casos suspeitos de AIDS, no Brasil, foram identificados por volta de 1982 (10) despertando, sobretudo, o interesse clínico pelo problema. O interesse dos pesquisadores por uma abordagem psicossocial da AIDS desenvolveu-se de forma mais tardia, após a sua constituição como fato social (11).

Conforme pode ser visualizado na Tabela 1, o crescimento do número de estudos sobre representações sociais relacionadas ao HIV/AIDS, a partir de 1990, foi progressivo e rápido, chegando em 2001-2006 a sete vezes o número observado entre 1990-1995. O período que mais concentrou publicações foi o de 2001 a 2006, abarcando 81 (59,5%) das 136 produções analisadas.

tabela1

Este resultado pode ser justificado pelo aumento do número de cursos de pós-graduação stricto sensu brasileiros no período (12), bem como pelo maior interesse pela temática do HIV/AIDS frente às elevadas taxas de morbidade apresentadas pela doença (13). Além desses fatores, destaca-se a emergência, no campo do HIV/AIDS, de novas temáticas derivadas das mudanças no perfil da epidemia, tais como a convivência das pessoas com a soropositividade, com um enfoque mais voltado para a qualidade de vida; a feminização e a pauperização da doença, derivadas da mudança dos grupos atingidos; o aumento do número de casos do agravo entre pessoas com mais de 50 anos e afrodescendentes. Assim, tais temáticas passaram a se tornar foco de interesse de pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento, até então não sensibilizados pelo problema, como Saúde da Mulher, Saúde do Idoso, Família, e as áreas sociais em geral, dentre outras.

Os resumos das dissertações e teses apresentaram dados particulares, não disponíveis nos resumos dos artigos, referentes às modalidades de pós-graduação e instituições nos quais foram desenvolvidas. Assim, quanto à modalidade de pós-graduação stricto sensu, as produções concentram-se no Mestrado Acadêmico, com 81,0% das dissertações/teses publicadas, seguidas pelo Doutorado com 18,0% e 1,0% no seguimento Mestrado Profissional. Este fato pode ser decorrente do maior quantitativo de cursos brasileiros de pós-graduação stricto sensu encontrar-se em nível de Mestrado Acadêmico (12), sendo a modalidade Profissional recente no país, tendo ocorrido a conclusão do curso por seus primeiros alunos em 1999 (14).

No que diz respeito à dependência administrativa na qual as dissertações e teses foram desenvolvidas, encontrou-se 61,4% em instituições federais, 19,8% em estaduais e 18,8% em particulares. Frente a estes dados, observa-se uma considerável representatividade das instituições públicas, correspondendo a 81,2% das publicações, o que corrobora os achados de pesquisas que apontam para a majoritária participação das universidades públicas na constituição da pós-graduação brasileira (14). No entanto, não se pode deixar de mencionar a participação das instituições particulares, as quais, atualmente, mostram uma presença significativa e crescente entre as instituições que desenvolvem formação em nível de mestrado (10).

A Enfermagem foi a área de conhecimento que mais apresentou produções sobre representações sociais e HIV/AIDS, sendo responsável pelo desenvolvimento de 26,5% do total das publicações, conforme Tabela 2. Em seguida, encontra-se a Saúde Coletiva com 16,2% das produções, a Psicologia (15,4%), as Ciências Sociais (8,8%), a Educação (8,1%), a Sociologia/Antropologia (8,1%), a Medicina (2,9%), a História (1,5%) e as demais áreas, correspondendo a 4,4%. Em 8,1% das publicações não foi possível identificar a área de conhecimento relacionada.

tabela2

A representatividade da Enfermagem nestas produções reflete a significativa apropriação da TRS, de origem psicossocial, para a abordagem de seus objetos de estudo. Observa-se, também, a incorporação de outras teorias advindas das ciências humanas, a fim de possibilitar uma melhor compreensão das diferentes facetas imbricadas em seu processo de trabalho, nos mais diversos contextos de atenção à saúde da população (7-8,15).

No caso de pesquisas sobre o HIV/AIDS, nota-se uma crescente utilização da TRS, o que se deve, possivelmente, à sua utilização no desvelamento de importantes elementos constitutivos do sistema simbólico dos grupos sociais, que exercem um papel de orientadores e justificadores da ação dos sujeitos e dos grupos sociais, como mulheres, homens, pessoas soropositivas ao vírus, adolescentes e profissionais de saúde. Deste modo, tais estudos podem possibilitar a compreensão dos fundamentos das práticas desenvolvidas por estes grupos frente ao HIV/AIDS, as quais, por vezes, originam intervenções sociais e de saúde voltadas a este objeto, visto as últimas serem efetivadas por pessoas que agem segundo suas representações do real e do possível (16).

A região Sudeste registrou o maior percentual (67,6%) de produções publicadas sobre a temática em tela, seguida pelo Nordeste (12,5%), Sul (9,6%), Centro-Oeste (8,1%) e demais países (2,2%), estes últimos representados por México, Chile e Argentina. Na região Norte não se identificou publicações relacionadas ao HIV/AIDS e representações sociais.

Esses dados refletem, por um lado, a distribuição de cursos de pós-graduação no território brasileiro, dos quais grande parte das produções científicas brasileiras são originadas, que se distribuem da seguinte forma: 52,2% no Sudeste; 18,9% no Sul; 17,4% no Nordeste; 8,5% no Centro-Oeste; e 3,0% no Norte (17). Por outro lado, a mesma distribuição regional é observada para os periódicos científicos e também para as taxas de incidência e prevalência de casos de HIV/AIDS, sendo as duas primeiras, inclusive, aquelas em que se registrou o início da epidemia no país.

No que tange ao incentivo de agências financiadoras ao desenvolvimento de pesquisas, observou-se que 43,0% das dissertações e teses desenvolvidas no período estudado contaram com algum tipo de auxílio, sendo a CAPES responsável por 28,4% e o CNPq por 10,1% dos financiamentos. Já as cinco demais agências identificadas não mostraram participação significativa nos incentivos, correspondendo somente a 0,9% cada uma delas. A partir destes dados, constata-se que a maioria (57,0%) das pesquisas não contou com auxílio financeiro. Este achado é preocupante, uma vez que a falta de apoio de agências de fomento pode inviabilizar a realização de novos estudos e a sustentabilidade das iniciativas em andamento (11), sobretudo, na área das ciências humanas, a qual não se destina à produção de tecnologia dura, ou seja, de produtos potencialmente reversíveis em lucros imediatos pelo consumo, conforme a lógica de mercado. Porém, contribui para o avanço em aspectos fundamentais referentes à qualidade de vida de grupos populacionais e promoção da saúde, dentre outros.

Nas produções analisadas foram detectadas 209 diferentes palavras-chave. Destas, as quatro mais freqüentes foram: AIDS (em 75,7% dos estudos); representações sociais (28,7%); mulheres (11,8%) e; sexualidade (11,8%). O percentual das duas primeiras pode ser justificado por estas serem termos delimitadores para a busca. Enquanto isso, a presença da palavra “mulher” justifica-se por considerável parte dos estudos abordarem esse grupo social como sujeitos, ou dizerem respeito a estas, possível conseqüência da feminização da epidemia brasileira, evidenciada atualmente (13). A quarta palavra encontrada – sexualidade -, aponta para a íntima ligação da mesma à temática do HIV/AIDS, visto a maioria dos casos de infecção por HIV, no Brasil, ainda, deverem-se à transmissão sexual(10), sendo, igualmente, importante elemento constitutivo das representações sociais de diferentes grupos acerca do HIV/AIDS.

Como mencionado anteriormente, para a variável tipo de estudo, fez-se necessária a realização de análise de conteúdo temática, visto que a maioria dos estudos não explicitou tais dados em seus resumos. Desta forma, foi possível concluir que 119 (87,5%) produções referem-se a pesquisas empíricas, 09 (6,6%) a estudos teórico-reflexivos e 06 (4,4%) a pesquisas documentais. Ainda, para 02 (1,5%) produções não foi possível identificar a variável em questão, pois não continham informações suficientes.

O destaque das pesquisas empíricas pode apontar para a necessidade de compreensão do saber socialmente construído e partilhado sobre as diversas questões suscitadas pelo HIV/AIDS, em diferentes contextos e grupos populacionais, uma vez que a doença consiste em um fenômeno recente, surgido em um momento no qual se pensava terem sido superadas as grandes epidemias do passado, resgatando elementos advindos de outras doenças, tais como o câncer e a sífilis(8). Por outro lado, observa-se também nesses dados a tendência dos programas de pós-graduação brasileiros de se voltarem para a pesquisa empírica, em lugar da pesquisa teórica. Um terceiro elemento a ser destacado se refere às rápidas mudanças observadas no conhecimento sobre o HIV/AIDS, que exigiu a exploração de novas questões, como o surgimento e acesso aos anti-retrovirais e a sua manipulação pelas pessoas, a cronificação da doença, o seu aumento na terceira idade, entre outras.

Em relação à análise da variável campo de estudo, estes foram desmembrados quando abarcavam mais de um lócus, de modo a propiciar uma melhor visualização dos locais de desenvolvimento das pesquisas. Desta forma, os dados mostrados na Tabela 3 totalizam 139 campos de estudo.

tabela3

Observa-se na Tabela 3 uma predominância de pesquisas realizadas em escolas, abarcando 23 estudos (16,5%), seguida por hospitais, com 15 estudos (10,8%). A participação de escolas entre os campos de estudo reflete uma preocupação de priorizar ambientes nos quais é encontrada a clientela adolescente supostamente sadia, buscando elementos representacionais sobre o agravo à saúde para auxiliar no desenvolvimento de atividades e políticas de prevenção dirigidas para este grupo. E, pelo fato de o HIV ser transmitido, dentre outras, pela via sexual e pelo compartilhamento de seringas e agulhas pelo uso de drogas injetáveis, este cenário traz, igualmente, a possibilidade de intervir neste grupo social, no qual surgem inúmeras incertezas e descobertas sobre a vida, o próprio corpo e a sexualidade (18).

Por sua vez, a posição ocupada pelo hospital entre os campos de estudo pode relacionar-se ao expressivo quantitativo de pessoas soropositivas ao HIV ou com AIDS que ocupam esse tipo de espaço. Outro aspecto que poderia ter motivado os pesquisadores para a utilização do cenário hospitalar consiste no interesse pelos profissionais de saúde em contato com pessoas com HIV/AIDS. Consiste, portanto, em importante lócus para a efetivação de investigações psicossociais referentes ao HIV/AIDS, considerando o imaginário elaborado pelas diversas categoriais profissionais acerca da doença e de seus atingidos, bem como as formas de interação e práticas profissionais desenvolvidas. É necessário considerar, neste ponto, a influência da lógica biomédica individualizante ainda predominante na área de saúde.

Não se pode deixar de mencionar que 01 pesquisa analisada utilizou como cenário de estudo áreas de prostituição, o que sugere a importância da abordagem de espaços não tradicionais nas pesquisas sobre o HIV/AIDS, neste caso, onde se desenvolve uma forma específica de experiências sexuais não legitimadas socialmente, e onde, por hipótese, o risco de contágio seria potencializado. Não obstante, trata-se de uma iniciativa pontual, o que pode refletir uma dificuldade dos pesquisadores em lidar com os tabus e preconceitos ainda existentes ao se tratar de questões ligadas, não só à sexualidade, mas também a outras práticas ilegítimas socialmente, como o uso de drogas.

Cabe destacar que nenhuma pesquisa abarcou como cenário as Organizações Não-Governamentais (ONG), o que se revela importante, haja vista o significativo papel desempenhado por estas na evolução das repostas do Estado ao HIV/AIDS, e, conseqüentemente, na trajetória da epidemia (10).

Cabe destacar que considerável parcela (38,1%) dos estudos não apresentava em seus resumos o campo de estudo utilizado e, para outra parte (10,8%), esta variável não se aplicava, pois consistiam em pesquisas documentais e estudos teórico-reflexivos.

Dos estudos nos quais foi informada a região ou país de coleta de dados, 25,7% foram realizados na região Sudeste, 12,5% na Nordeste, 7,4% na Centro-Oeste, 5,1% na Sul e 3,7% em outros países (Argentina, Chile, México e França). Neste ponto, parece haver uma relação dessa variável com a localização dos cursos de pós-graduação stricto sensu, levando muitos pesquisadores a direcionarem suas coletas de dados para a mesma região em que se encontram suas respectivas unidades acadêmicas.

Para os 45,6% restantes a variável região ou país de coleta de dados não se aplica a 11,0%, por se tratarem de estudos teórico-reflexivos ou pesquisas bibliográficas, e 34,6% não informaram este dado, da mesma forma que a variável campo de estudo.

No que diz respeito aos sujeitos investigados no estudo, naquelas pesquisas que apresentaram mais de uma categoria de sujeitos, os mesmos foram desmembrados. A distribuição das produções, de acordo com os seus sujeitos, pode ser observada na Tabela 4.

tabela4

Conforme pode ser observado na Tabela 4, a categoria de sujeitos mais freqüente nos estudos é a de pessoas soropositivas ao HIV (19,6%), a qual engloba, dentre outros, mulheres, gestantes e profissionais de saúde. Possivelmente, este dado relaciona-se ao crescente interesse em realizar pesquisas que abordem o viver com o HIV/AIDS, principalmente após a Lei 9.313, de 13 de novembro de 1996, a qual dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos aos portadores do HIV e doentes de AIDS no Brasil. Isto se deve ao fato da distribuição gratuita de anti-retrovirais ter aumentado o tempo de vida dos portadores do HIV, persistindo relevantes questões a serem superadas que interferem no cotidiano de vida dos sobreviventes, principalmente o estigma e a discriminação.

Os adolescentes corresponderam aos sujeitos com a segunda maior participação nas pesquisas (16,5%), dentre os quais se destacaram os adolescentes escolares (13,2% do total de estudos), o que pode justificar-se, conforme apontado anteriormente, pela importância da escola como cenário para a coleta de dados.

A considerável abordagem de mulheres como sujeitos das pesquisas (7,0%) foi observada em função da tendência à feminização da epidemia do HIV/AIDS observada no Brasil, a partir da década de 90. Neste ponto, deve-se ressaltar que na faixa etária de 13 a 19 anos, inclusive, já se observa uma inversão da proporção homem-mulher infectados, com maior quantitativo entre as mulheres, desde o ano de 1998 (13), sendo detectada a relação de 1,5 mulheres para cada homem na primeira metade do ano de 2006.

Faz-se importante ressaltar que dentre os sujeitos dos estudos encontram-se usuários de drogas (2,1%), homossexuais (1,5%) e profissionais do sexo (1,5%). No entanto, o baixo percentual de estudos abarcando estes três grupos torna-se relevante pelo fato destes serem indivíduos aos quais, inicialmente, foram associadas representações que os caracterizaram como “grupos de risco”. Desta forma, a falta de interesse dos pesquisadores no estudo de grupos sociais aos quais estão associados estigma e preconceito, revela que esses processos podem não se expressar apenas na sociedade em geral, mas também na comunidade científica.

No entanto, este percentual pode também ser explicado pela considerável queda nos índices epidemiológicos, no que diz respeito aos dois primeiros grupos de sujeitos e, no referente ao terceiro grupo, pelas pressões normativas impostas pela sociedade e pelo medo de aproximação a uma realidade de certa forma ameaçadora.

No referente à temática abordada nos estudos, tiveram participação mais expressiva, as seguintes: “representação social sobre HIV/AIDS” (29,4%) e “prevenção do HIV/AIDS” (17,6%), como pode ser observado no Gráfico 1.

grafico1

A primeira temática abarca estudos que tratam da representação social, propriamente dita, de diferentes grupos acerca do agente etiológico e da doença. Este resultado aponta para um interesse em compreender as representações enquanto categoria mediadora dos posicionamentos frente ao HIV e à AIDS, e também das práticas desenvolvidas pelos grupos sociais. Deste modo, conhecendo a representação social de grupos sobre o HIV/AIDS, é possível compreender melhor suas atitudes frente a este objeto. Ainda, corroborando o achado de uma pesquisa sobre as contribuições das representações sociais para o estudo da AIDS, entende-se que o sentido atribuído ao HIV/AIDS influencia no desenvolvimento, ou não, de práticas de prevenção (1) e, no caso, dos profissionais, na relação estabelecida com a clientela soropositiva ao HIV.

Neste sentido, deve-se salientar que os estudos compreendidos nesta temática apontam para o fato da representação social do HIV/AIDS encontrar-se fortemente associada à morte, à tristeza, ao medo, ao preconceito e ao castigo. Isto pode ser reflexo de sua, ainda, desconhecida cura e do modo pelo qual se deu a sua apresentação inicial à sociedade pela comunidade científica e sua divulgação pela mídia ligada a diferentes grupos com inserções sociais e interesses específicos, como governos, grupos religiosos, emissoras de televisão e rádio, indústria farmacêutica e afins, apenas para citar alguns (19).

A presença da temática “prevenção do HIV/AIDS” vai ao encontro do exposto anteriormente na discussão das variáveis campos e sujeitos de estudo, quando se constatou um significativo interesse pelas escolas e adolescentes escolares, respectivamente. Esta temática abarca questões referentes às práticas que objetivam a prevenção do contato com o vírus, e por extensão, a ocorrência da doença, abarcando também outras doenças transmitidas por via sexual. Essa temática apresentou um crescimento no decorrer do período delimitado para este trabalho, contando com 05 produções de 1996 a 2000, e 14 de 2001 a 2006. A presença desta temática se deve, provavelmente, à inexistência e às dificuldades vislumbradas para o alcance da cura da doença, além da sua letalidade, tornando a prevenção relevante estratégia para o enfrentamento da epidemia.

Outro dado que merece menção é o crescimento da temática “viver com o HIV/AIDS” (13,2%), a qual apresentou 05 produções publicadas no intervalo de 1996 a 2000, e 13 produções no intervalo de 2001 a 2006. Este crescente interesse pela temática provavelmente está relacionado às conquistas alcançadas no âmbito político e de saúde pelo grupo de pessoas soropositivas ao HIV, dentre as quais a distribuição gratuita de medicamentos anti-retrovirais. Por outro lado, a partir da década de 2000, passou-se a observar os impactos do uso dos anti-retrovirais na sobrevida dos portadores e dos doentes, colocando como problema de pesquisa as questões relativas à sobrevivência desses sujeitos. Neste sentido, observa-se uma das funções das representações sociais, ao permitir compreender as relações existentes entre o universo individual e as condições sociais nas quais estes atores interagem, bem como, os processos que intervêm em sua adaptação sócio-cognitiva às realidades cotidianas e ao seu ambiente social e ideológico (20).

Além das temáticas já mencionadas, outras se fizeram presentes, dentre elas: “impacto da AIDS nos comportamentos sociais” (7,4%); “HIV/AIDS e sexualidade/práticas sexuais” (7,4%); e “vulnerabilidade a DST/HIV” (5,9%), conforme mostra o Gráfico 1. Ainda, cabe mencionar que, mesmo com menor percentual entre as pesquisas, a temática “drogas e HIV/AIDS” foi desenvolvida em 2,9% dos estudos, o que merece menção, haja vista as pressões sociais contra-normativas relacionadas a este assunto.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo permitiu compreender a produção científica sobre as representações sociais e o HIV/AIDS, no período de 1980 a 2006, possibilitando conhecer algumas de suas características e tendências. Constou-se, nos resultados principais, uma expressiva participação da Enfermagem nestes estudos; uma concentração das pesquisas na região Sudeste; a utilização de cenários extra-hospitalares; e a preocupação centrada nas imagens do HIV-AIDS e nas questões relativas à prevenção do HIV/AIDS.

Foi possível, igualmente, perceber a ausência de pesquisas relacionadas às ONG que têm sua atuação voltada para a AIDS, aspecto que merece destaque devido a sua importante representatividade na proposição de respostas à epidemia no Brasil; em segundo lugar destaca-se a baixa freqüência dos estudos voltados a objetos com forte carga social contra-normativa.

A trajetória das temáticas abordadas pelas pesquisas ao longo do tempo abarcado por este estudo também foi caracterizada, fornecendo subsídios para uma maior compreensão dos interesses da comunidade acadêmica no que diz respeito à temática em tela, assim como a sua adesão aos temas prementes da realidade social.

Foi possível perceber o crescente interesse dos pesquisadores na temática representação social - HIV/AIDS, visto o quantitativo destes estudos se encontrar em ascensão na última década. Este dado demonstra o reconhecimento da contribuição da TRS no desvelamento dos elementos constitutivos do pensamento social, orientadores e justificadores da ação dos diferentes grupos sociais, o que se torna fundamental em estudos de objetos permeados de significados e valores sociais, como é o caso do HIV/AIDS, desde o seu surgimento.

O incentivo pouco expressivo das agências financiadoras aos estudos desenvolvidos foi constatado, o que pode influenciar na efetivação das pesquisas na área, visto que, muitas vezes, a falta de apoio governamental para os estudos pode inviabilizar o seu desenvolvimento, e certamente interferir nas iniciativas dos pesquisadores neste campo.

Cabe ressaltar que alguns resumos analisados não apresentaram dados relevantes para o entendimento das pesquisas, como sujeitos e campo de estudo. Isto indica a necessidade de um maior cuidado na elaboração dos resumos, visto estes consistirem em sínteses dos estudos que poderão despertar ou não o interesse pela leitura das produções científicas.

Frente ao exposto, pensa-se que o estudo propiciou reflexões importantes para o entendimento da trajetória da construção do conhecimento psicossocial sobre o HIV/AIDS, considerando serem, igualmente, os resultados deste estudo reflexo da resposta científica delineada à epidemia por diversas áreas de conhecimento, entre as quais se destacou a Enfermagem, sob a ótica da Teoria das Representações Sociais.

 

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Artigo recebido em 28.06.07

Aprovado para publicação em 10.12.07

 

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