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Fisioterapia e Pesquisa - What is the body mass index of women with pelvic floor muscles dysfunctions that seek for physiotherapy treatment?

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Fisioterapia e Pesquisa

Print version ISSN 1809-2950

Fisioter. Pesqui. vol.19 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2012

http://dx.doi.org/10.1590/S1809-29502012000400003 

PESQUISA ORIGINAL

 

Qual o índice de massa corporal de mulheres com disfunções dos músculos do assoalho pélvico que procuram tratamento fisioterapêutico?

 

What is the body mass index of women with pelvic floor muscles dysfunctions that seek for physiotherapy treatment?

 

 

Fátima Faní FitzI; Thaís Fonseca CostaII; Suellen Maurin FeitosaII; Denise Rodrigues YuasoIII; Gabriel Andrade AlvesIV; Marair Gracio Ferreira SartoriV; Manoel João Batista Castello GirãoVI; Rodrigo Aquino CastroVII

IFisioterapeuta, Especialista e Mestre em Ginecologia pelo Departamento de Ginecologia da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil
IIFisioterapeuta, Especialista e Mestranda em Ginecologia pelo Departamento de Ginecologia da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil
IIIFisioterapeuta, Mestre e Doutoranda em Ginecologia pelo Departamento de Ginecologia da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil
IVBiomédico, Doutorando em Biologia estrutural e funcional pelo Departamento de Biofísica da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil
VMédica, Doutora e Professora Associada, Livre-docente, Departamento de Ginecologia da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil
VIMédico, Doutor e Professor Titular do Departamento de Ginecologia da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil
VIIMédico, Doutor e Professor Adjunto do Departamento de Ginecologia da UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Sobrepeso e obesidade são relatados como importantes fatores de risco para desenvolvimento de disfunções do assoalho pélvico (AP) feminino. Assim, objetivou-se averiguar o índice de massa corporal (IMC) de mulheres com disfunções do AP que procuraram tratamento fisioterapêutico, e comparar com as estatísticas nacionais. Trata-se de um estudo observacional. Foram avaliados os prontuários de mulheres com disfunções do AP atendidas pelo Setor de Fisioterapia no período de 2004 à 2010, e incluídas todas as mulheres com a presença de algum sintoma de disfunção do AP. Calculou-se o IMC de 312 mulheres com disfunção do AP. A média de IMC foi de 28,1 kg/m2. Dessas mulheres, cerca de 70% apresentavam sobrepeso ou obesidade, resultado maior do que o índice nacional de 59%. A base fisiopatológica da relação entre obesidade e disfunções do AP está na correlação entre o IMC e a pressão intra-abdominal. A identificação do sobrepeso e da obesidade deve fazer parte dos programas de reabilitação do AP, uma vez que a redução do peso corporal pode contribuir para redução da severidade da disfunção. Com o presente estudo observa-se que as mulheres que procuram tratamento fisioterapêutico para disfunções do AP apresentam índice de obesidade maior do que a população feminina nacional.

Descritores: índice de massa corporal; obesidade; assoalho pélvico.


ABSTRACT

Overweight and obesity are reported as important risk factors for developing of female pelvic floor (PF) dysfunction. Thus, the objective was to verify the body mass index (BMI) of women with PF dysfunctions who sought physiotherapy treatment, and comparing it with national statistics. This is an observational study. There were evaluated the records of women with PF dysfunctions served by the Physiotherapy Service from 2004 to 2010, and included all women with the presence of any symptom of PF dysfunction. It was calculated the BMI of 312 women with PF dysfunction. The BMI mean was 28.1 kg/m2. Approximately 70% of these women were overweight or obese, a value higher than the national rate of 59%. The pathophysiological basis of the relationship between obesity and PF dysfunction is the correlation between BMI and intra-abdominal pressure. The identification of overweight and obesity should be part of the rehabilitation programs of the PF, since the reduction in body weight can contribute by reducing the severity of the disorder. With the present study it was observed that women seeking physiotherapy treatment for PF dysfunction have higher rates of obesity than the national female population.

Keywords: body mass index; obesity; pelvic floor.


 

 

INTRODUÇÃO

O sobrepeso e a obesidade são relatados como importantes fatores de risco para o desenvolvimento de disfunções do assoalho pélvico (AP) feminino1-4.

A base fisiopatológica da relação entre obesidade e disfunções do AP é a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e a pressão intra-abdominal. Sugere-se que o sobrepeso e a obesidade podem estressar o AP pelo aumento de pressão intra-abdominal cronicamente1.

A incontinência urinária de esforço (IUE) estaria ligada ao aumento da pressão no AP, enquanto a hiperatividade da bexiga parece estar associada a respostas inflamatórias e químicas na bexiga urinária5. Além disso, obesidade vem sendo sugerida como fator de risco estabelecido para o prolapso de órgãos pélvicos6, bem como para sua progressão7.

Recentemente, a identificação do excesso de peso e da obesidade é sugerida como parte integrante dos programas de reabilitação do AP8. Assim, a redução de peso tem sido incluída no tratamento da incontinência urinária (IU) e do prolapso genital9,10, uma vez que a redução de 5% do peso corporal contribui para redução da severidade da IU11.

Ambas as condições, obesidade e disfunções do AP, impactam negativamente na qualidade de vida das mulheres que as apresentam12. Com o aumento da prevalência da obesidade, verificou-se a necessidade de realizar um estudo da relação entre obesidade e IU para conhecer o perfil e melhorar a compreensão do papel desse fator de risco potencialmente modificável no desenvolvimento da IU nas pacientes brasileiras, em especial aquelas que procuram tratamento para as disfunções dos músculos do assoalho pélvico (MAP).

O objetivo do presente estudo foi averiguar o IMC de mulheres que procuraram tratamento fisioterapêutico para as disfunções do AP, bem como comparar com as estatísticas nacionais do IMC.

 

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo observacional desenvolvido no Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Foram avaliados os prontuários de mulheres com disfunções do AP atendidas pelo Setor de Fisioterapia no período de 2004 a 2010. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP – CEP nº 60711. Incluíram-se mulheres com presença de disfunções do assoalho pélvico, diagnosticadas clinicamente pela equipe médica e que procuraram atendimento fisioterapêutico. Dentre os sintomas apresentados pelas mulheres, citam-se: incontinência urinária de esforço, incontinência urinária mista (IUM), urge-incontinência, bexiga hiperativa, enurese, cistite intersticial, prolapso genital, hipocontratilidade do detrusor e "sensação de vagina larga". As pacientes que necessitaram de exames complementares (com sintomas de incontinência urinária de esforço, incontinência urinária mista, urge-incontinência, bexiga hiperativa, cistite intersticial e hipocontratilidade do detrusor) passaram pelo estudo urodinâmico e por cistoscopia no caso de cistite intersticial. As pacientes com os demais sintomas (enurese, prolapso genital e sensação de vagina larga) foram diagnosticadas pela anamnese e exame físico.

Foi calculada a média de idade e do IMC, e a proporção das queixas apresentadas. De acordo com a World Health Organization (WHO), as mulheres foram assim classificadas: abaixo do peso <18,5 kg/m2; peso normal 18,5<24,99 kg/m2; sobrepeso >25–29,99 kg/m2; e obesidade >30 kg/m2. Em seguida, foi realizada a comparação da classificação do IMC com os resultados recentes do IMC da população feminina brasileira segundo a WHO (disponível em: http://apps.who.int/bmi/index.jsp), com a utilização do teste χ2.

Por fim, comparamos as médias do IMC de pacientes com IUE e IUM com a utilização do teste t de Student não pareado. Sempre foi adotado um nível de significância de 0,05 para o resultado ser considerado significante.

 

RESULTADOS

Um total de 345 prontuários foram analisados. Destes, incluíram-se 312. Foram excluídos 33 prontuários que não apresentavam os dados de altura e peso para cálculo do IMC. Para o cálculo da idade média foram considerados 309 prontuários que apresentavam esse dado. A idade média dessas mulheres foi de 53,6 (12,8) anos. A Tabela 1 descreve a idade média das pacientes segundo a classificação do IMC da WHO. A Tabela 2 apresenta a proporção de mulheres segundo as queixas apresentadas. O IMC variou de 17,1 a 50,7 kg/m2, com média de 28,1 kg/m2. A Tabela 3 apresenta a proporção de mulheres atendidas segundo a classificação da WHO, bem como a comparação com os resultados do IMC nacional.

 

 

 

 

 

 

Além disso, ao fazermos o teste de ajuste das classes de IMC das pacientes desse estudo àquelas da população feminina brasileira, obtivemos uma diferença significante (p<0,001, teste χ2), mostrando, de fato, que as pacientes desse estudo têm, em média, maior IMC que a população feminina brasileira.

Na comparação entre as médias de IMC das pacientes com IUE e IUM, não foram obtidas diferenças significantes (p=0,263).

 

DISCUSSÃO

A média de idade das mulheres que procuraram atendimento fisioterapêutico para o tratamento de disfunções do AP, bem como as queixas principais estão de acordo com os tipos de queixas descritos em outros estudos13-15.

Atualmente descreve-se que mulheres com sobrepeso ou obesidade têm um risco maior de desenvolver IU4,14,16-18 e mulheres obesas apresentam medidas de IU mais severas do que mulheres incontinentes com peso normal19.

A obesidade é um problema que vem crescendo rapidamente, particularmente nos países desenvolvidos, onde sua prevalência nos últimos 30 anos tornou-se a principal epidemia de saúde pública20. A obesidade na idade adulta está associada a um aumento no risco de incapacidades ao longo da vida21, bem como tem sido associada com altas taxas de hipertensão, diabetes mellitus tipo II, hipercolesterolemia, aumento de risco para alguns tipos de câncer, aumento geral de morte prematura e outras condições crônicas20,21.

Em estudo realizado no Brasil nas regiões Nordeste e Sudeste, observou-se que mais da metade das mulheres dessas regiões com idade entre 40 e 79 anos têm sobrepeso22. Em 2011, no Sul do Brasil, verificou-se que a prevalência de sobrepeso e obesidade (64,3%) e de obesidade central (44,1%) em usuárias de serviços do SUS é maior do que a encontrada na população geral e está associada a um aumento do número de agravos à saúde23.

Segundo os dados da WHO, 59% das mulheres brasileiras encontram-se acima do peso normal (sobrepeso ou obesidade). Dentre as 312 mulheres atendidas em nosso serviço, os índices são maiores aos apresentados pela população feminina nacional.

Aston et al. encontraram resultados semelhantes em 161 mulheres com disfunções do assoalho pélvico atendidas por tratamento conservador. Eles notaram que a média do IMC foi 29,2 kg/m2, maior do que a média nacional do reino Unido de 26,9 kg/m2. Além disso, 75,3% das participantes apresentavam sobrepeso ou obesidade em porcentagem maior do que a média nacional de 56,9%, revelando que mulheres que procuram tratamento para as disfunções do assoalho pélvico possuem média maior de IMC do que a população feminina nacional8.

Em estudo semelhante, 74% das mulheres italianas com IU estavam com sobrepeso ou obesidade e 61% com disfunções sexuais, sendo que o IMC maior do que 30 kg/m2 foi identificado como fator de risco para disfunção sexual feminina24.

Há evidências de que, além do IMC, a relação cintura-quadril e a obesidade abdominal podem ser fatores de risco independentes para a IU3. Em dois estudos brasileiros o IMC não foi associado à IU, porém, a probabilidade para IU aumentou com o aumento da circunferência abdominal. Em mulheres residentes no interior da região Sudeste, de 35 a 65 anos, a circunferência abdominal acima de 88 cm destacou-se como um dos fatores de risco para IU25. Em mulheres com mais de 60 anos no Sul do Brasil, a probabilidade para IU foi de 1,98 para circunferência abdominal de 79–86 cm, 2,07 para circunferência abdominal de 86–94 cm e 2,24 para circunferência abdominal maior que 94 cm (p=0,03)26. Em mulheres chinesas de 20 a 99 anos, circunferência abdominal >80 cm foi identificada como um dos fatores de risco para IU15.

Já em enfermeiras dos Estados Unidos, foi observada uma tendência significante de aumento do risco, severidade e frequência de IU com o aumento do IMC e circunferência da cintura. O IMC foi associado com urgência e IUM, mas não a IUE, e a circunferência da cintura, por sua vez, foi associada apenas com IUE27.

É importante considerar que o IMC, apesar de ser uma variável conveniente com uma associação linear com o peso3, representa especificamente a gordura corporal total, enquanto a circunferência abdominal representa melhor a adiposidade central. A gordura corporal total e a adiposidade central refletem mecanismos diferentes que levam à IU, e investigações das relações independentes entre os vários tipos de IU podem fornecer percepções importantes a respeito dos seus papéis na etiologia da IU27,28.

Assim, é provável que o aumento do IMC exerça influência sobre a IU por meio de mecanismos sistêmicos, como por exemplo, pela ligação com o estresse oxidativo e resistência crônica a insulina29, fatores que podem causar danos vasculares ao assoalho pélvico e levar a disfunções do detrusor e músculos esfincterianos27. E o impacto da adiposidade abdominal na IU possa ser explicado através do impacto mecânico da adiposidade central na pressão intra-abdominal30,31, que passa a ser elevada cronicamente, resultando em pressão elevada sobre as estruturas de suporte da uretra e aumento no risco de desenvolvimento de IUE27. Podemos verificar que uma limitação do presente estudo foi a ausência da análise da medida da circunferência abdominal, que não é um procedimento de rotina em nosso serviço, limitando o conhecimento a respeito do seu papel na etiologia da IU na população estudada.

Outros autores verificaram o impacto do IMC e da circunferência abdominal sobre as pressões intra-abdominal e intravesical. Em mulheres com IU (86% IUE), com sobrepeso ou obesas, a pressão intra-abdominal na capacidade cistométrica máxima aumentou 0,4 cmH20 por unidade de kg/m2 de IMC e 0,4 cmH2O por aumento de 2 cm na circunferência abdominal. A pressão intravesical na capacidade cistométrica máxima aumentou 0,4 cmH2O por 2 cm de aumento na circunferência abdominal, mas não foi associada ao IMC13.

A obesidade e o aumento do IMC estão relacionados à elevação do pico máximo de pressão intravesical gerado pela tosse (CIPP), e a redução do IMC está relacionada à menor CIPP, o que pode sugerir que a perda de peso pode reduzir a incontinência pela modulação do CIPP32.

Estudos demonstram que a redução do peso leva a significante diminuição dos episódios de IU, da noctúria, melhora na qualidade de vida e decréscimo da pressão intravesical11,33.

Subak et al. revelaram que o grupo de mulheres que perderam em média 8% do peso inicial apresentou redução de no mínimo 70% na frequência de todos os episódios de IU33. De forma semelhante, Wing et al. afirmam que mulheres que perderam de 5 a 10% do seu peso corporal tinham 3,7 vezes mais chances de alcançar 70% de redução dos episódios de IU total comparado com as mulheres que ganharam peso em 12 meses, e 2,4 vezes mais chances em 18 meses34.

Os estudos citados11,33-35 suportam a perda de peso como opção de tratamento para mulheres com sobrepeso ou obesas e incontinentes, pois a redução dos episódios semanais de IU de 50 a 60% com a perda de peso é comparável com a melhora observada em estudos com terapias comportamentais e com terapias farmacológicas35. Porém, Kudish et al.7 observaram que a redução de peso não parece estar associada à regressão significativa do prolapso de órgãos pélvicos, sugerindo que o dano no assoalho pélvico, relacionado ao ganho de peso, pode demorar mais tempo para regredir ou ser irreversível.

De acordo com os resultados do presente estudo, verifica-se que mulheres com disfunções do assoalho pélvico apresentam índices de sobrepeso e obesidade maiores do que a média nacional. Assim, cabe aos profissionais de saúde identificá-las como grupo de alto risco para o desenvolvimento de disfunções do assoalho pélvico, e utilizar as vias para redução de peso como parte integrante na gestão dessas disfunções8.

 

CONCLUSÃO

No presente estudo observou-se que mais da metade das mulheres que procuram tratamento para disfunções do assoalho pélvico apresentam excesso de peso e obesidade com índices acima do observado na população feminina nacional.

 

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Endereço para correspondência:
Fátima Fani Fitz
Rua Borges Lagoa, 781, Conj. 31 – Vila Clementino
CEP: 04038-031 – São Paulo (SP), Brasil
E-mail: fanifitz@yahoo.com.br

Apresentação: jan. 2012
Aceito para publicação: maio 2012
Fonte de financiamento: nenhuma
Conflito de interesse: nada a declarar
Apresentação em evento científico: apresentado na forma de pôster no XXXIII Congresso Brasileiro de Urologia em 2011 – Parecer de aprovação no Comitê de Ética nº 60711.

 

 

Estudo desenvolvido no Ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Disciplina de Ginecologia Geral do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – São Paulo (SP), Brasil.