It is the cache of ${baseHref}. It is a snapshot of the page. The current page could have changed in the meantime.
Tip: To quickly find your search term on this page, press Ctrl+F or ⌘-F (Mac) and use the find bar.

Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo - Evaluation of the cytotoxicity of two dentin-bonding systems

SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.12 issue4Fluoride releasing of restorative materialsTwenty-four months clinical evaluation of Fluroshield and Vitremer used as pit and fissure sealants author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Services on Demand

Article

Indicators

Related links

Share


Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo

Print version ISSN 0103-0663

Rev Odontol Univ São Paulo vol.12 n.4 São Paulo Oct./Dec. 1998

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-06631998000400012 

Avaliação da citotoxicidade de dois sistemas adesivos

Evaluation of the cytotoxicity of two dentin-bonding systems

 

Flávio Fernando DEMARCO*
Sandra Beatriz Chaves TARQUINIO**
Márcia Martins Marques JAEGER***
Edmir MATSON****

 

 


DEMARCO, F. F.; TARQUINIO, S. B. C.; JAEGER, M. M. M.; MATSON, E. Avaliação da citotoxicidade de dois sistemas adesivos. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 12, n. 4, p. 375-382, out./dez. 1998.

Avaliamos a citotoxicidade in vitro de dois sistemas adesivos (Scotchbond Multipurpose Plus e Clearfil Liner Bond 2) utilizando fibroblastos NIH-3T3. Culturas celulares confluentes entraram em contato com os sistemas adesivos completos e com seus componentes individuais ("primer" e adesivo). As substâncias foram aplicadas sobre lamínulas de vidro e, a seguir, introduzidas nos cultivos celulares. Adicionalmente, testamos a citotoxicidade da resina composta (Z100); do cimento de hidróxido de cálcio (Hidro C) e do ácido fosfórico. Como controle utilizamos culturas que receberam lamínulas de vidro sem substâncias. Com exceção do ácido fosfórico, que permaneceu por 20 segundos, todos os materiais foram deixados por 24 horas, período após o qual determinamos a porcentagem de viabilidade celular pelo método da exclusão de células coradas pelo azul de trypan. Os dados dos diferentes grupos foram submetidos a análise estatística (ANOVA e teste de Tukey). Foi possível observar que todas as culturas tratadas apresentaram menor porcentagem de viabilidade celular em relação ao grupo controle, com exceção das culturas tratadas pelo Ca(OH)2, que apresentaram valores similares de viabilidade celular. A aplicação da resina composta, do ácido fosfórico, do "primer" e do adesivo do sistema adesivo Scotchbond Multipurpose Plus empregados individualmente levaram as culturas a apresentar viabilidade celular similar àquela do grupo do Ca(OH)2. Os dois sistemas adesivos, bem como o "primer" e o adesivo do sistema Clearfil Liner Bond 2, quando aplicados individualmente, causaram citotoxicidades similares, levando a porcentagens de viabilidade celular menores do que aquela encontrada com o Ca(OH)2. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes nos efeitos citotóxicos causados pelos diversos componentes dos dois sistemas adesivos testados.

UNITERMOS: Adesivos dentinários; Biocompatibilidade; Cultura de células; Citotoxicidade; Resinas compostas.


 

 

INTRODUÇÃO

A evolução dos materiais adesivos utilizados em Odontologia têm proporcionado uma modificação dos conceitos de preparação cavitária. Esses materiais possibilitam redução da microinfiltração na interface dente/restauração, prevenindo seus efeitos deletérios sobre o órgão pulpar (SWIFT Jr. et al.57, 1995; EICK et al.15, 1997). Restaurações com a ausência de gap marginal têm sido relacionadas ao uso de sistemas mais recentes, os quais realizam um condicionamento ácido da superfície dentinária (SANO et al.47, 1995). O intuito do condicionamento ácido é remover a smear layer, desmineralizar a dentina subjacente, deixando exposta uma rede de colágeno, que será encapsulada pelo "primer" + adesivo e removerá qualquer biofilme da superfície (PASHLEY41, 1992).

Adesivos dentinários de quarta geração têm sido considerados como materiais únicos de proteção pulpar em cavidades profundas a serem restauradas com resina composta (COX; SUZUKI10, 1994; GRUPO21, 1997). Outros autores (KASHIWADA; TAKAGI33, 1991; KANKA III32, 1993; PRAGER44, 1994; BARATIERI et al.4, 1995) têm indicado a utilização desses sistemas adesivos como materiais de proteção direta da polpa exposta por cárie ou fratura, substituindo o hidróxido de cálcio.

No entanto, dúvidas persistem em relação à biocompatibilidade desses materiais. Os primeiros estudos avaliando a resposta pulpar a materiais resinosos encontraram respostas variando de moderada a severa, podendo chegar em alguns casos à necrose do tecido pulpar (LANGELAND et al.34, 1966; STANLEY et al.56, 1967). Essas alterações eram correlacionadas à presença de monômeros não reagidos no interior da massa restauradora, os quais poderiam ser liberados, penetrar na dentina, alcançando a polpa e causando alterações nela. Além disso, como esses materiais utilizam ácidos como condicionadores, essa poderia ser outra fonte de irritação do órgão pulpar (RETIEF et al.46, 1974; STANLEY et al.55, 1975).

A liberação de monômeros de materiais resinosos e sua passagem através da dentina têm sido demonstradas em vários estudos in vitro (GERZINA; HUME20, 1996). Esses monômeros podem causar alterações nas funções celulares (HANKS et al.23;24 1992; 1994). A citotoxicidade dos adesivos apresenta variações entre os diferentes componentes dos sistemas, podendo haver também interações entre eles (RATANASATHIEN et al.45, 1995).

A biocompatibilidade de materiais resinosos e de ácidos de aplicação direta na polpa ainda é assunto controverso. Apesar de diversos estudos sobre culturas de células terem demonstrado serem esses materiais citotóxicos (BOUILLAGUET et al.5;6, 1993; 1996; ADAMS et al.1, 1994; HANKS et al.22, 1991), outros estudos têm encontrado reparo pulpar e formação de ponte dentinária quando do emprego de materiais resinosos ou ácidos diretamente sobre a polpa (COX et al.11, 1987; KASHIWADA; TAKAGI33, 1991; SNUGGS et al.52, 1993; INOUE et al.29, 1996; COX et al.12, 1996; AKIMOTO et al.2, 1997). A presença de bactérias na interface dente/material restaurador tem sido apontada como a maior fonte de alterações da polpa, seguindo restaurações com diferentes materiais (BRÄNNSTRÖM; NYBORG7, 1971; COX et al.11, 1987). Desse modo, quando da exclusão bacteriana, uma série de materiais poderiam proporcionar o reparo pulpar. Por outro lado, outros estudos têm demonstrado resultados diversos, com a presença de resposta inflamatória crônica (PEREIRA et al.42, 1997; LANZA35, 1997), degeneração (PASCON et al.40, 1996) ou necrose do órgão pulpar (COSTA et al.9, 1997; STANLEY; PAMEIJER54, 1997) na aplicação de materiais resinosos adesivos sobre a polpa, mesmo na ausência de bactérias. Outros autores acreditam que a presença de partículas resinosas liberadas para o interior do tecido pulpar poderia ser a causa do fracasso dos capeamentos adesivos (LANZA35, 1997), e que a toxicidade desses materiais poderia ser responsável pelos casos de necrose (COSTA et al.9, 1997).

Tendo em vista a controvérsia a respeito do uso de sistemas adesivos diretamente sobre a polpa, resolvemos comparar a citotoxicidade in vitro dos diversos componentes de dois sistemas adesivos com o hidróxido de cálcio, substância amplamente utilizada como capeador pulpar (ALLE et al.3, 1984).

 

MATERIAL E MÉTODO

Os testes de citotoxicidade foram realizados sobre fibroblastos embrionários NIH 3T3. O estudo foi desenvolvido sob capela de fluxo laminar no Laboratório de Patologia Celular e Molecular da Disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Materiais testados

Dois sistemas adesivos universais, Scotchbond Multipurpose Plus - SBMP (3M Dental Products, St. Paul, MN, EUA), que utiliza o ácido fosfórico para condicionamento total (esmalte e dentina), e outro, Clearfil Liner Bond 2 - CLB2 (Kuraray Co., Osaka, Japão), o qual é baseado no princípio do self-etching, isto é, o condicionamento da estrutura dental é realizado por componentes ácidos presentes no próprio "primer".

Também foram utilizados cimento de hidróxido de cálcio Hidro C (Dentsply, Petrópolis-RJ) e resina composta Z100 (3M Dental Products, St Paul, MN, EUA).

Cultivo celular

As células (NIH-3T3) foram mantidas em estufa a 37°C, numa atmosfera úmida contendo 95% de ar e 5% de CO2. A monitorização do crescimento celular foi feita utilizando-se microscópio invertido de fase. O meio de cultura utilizado foi o meio de Eagle Modificado por Dulbecco (DME - Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, EUA), contendo 10% de soro fetal bovino (Cultilab Ltda., Campinas, SP, Brasil) e 1% de solução antibiótica-antimicótica (Sigma). Os subcultivos foram realizados quando as células atingiram a subconfluência.

Aplicação dos materiais nas culturas celulares

Foram plaqueadas 104 células (NIH-3T3) por placa de Petri (35 mm de diâmetro). Em cada placa foram introduzidos 5 ml de meio de cultura, o qual foi substituído após 48 horas. Decorrido esse período, as células encontravam-se confluentes. Os diferentes materiais foram aplicados sobre lamínulas de vidro estéreis, as quais foram então colocadas no centro das placas de Petri. Todos os materiais permaneceram em contato com as células por 24 horas, com exceção do ácido fosfórico a 35%, que foi aplicado por 20 segundos, sendo então a lamínula removida do interior da placa.

Os grupos experimentais foram os seguintes:

GI (Controle) - nenhum material foi aplicado nas placas de Petri.

GII (Ca(OH)2) - pastas base e catalisadora do cimento de hidróxido de cálcio (Hidro C) foram misturadas e aplicadas na área determinada pela matriz.

GIII (Z100) - a resina composta Z100 foi aplicada na lamínula e polimerizada por 40 segundos.

GIV (H3PO4) - o ácido fosfórico a 35% foi aplicado sobre a lamínula, a qual foi colocada nas placas de cultura por 20 segundos.

GV (SMA) - neste grupo apenas o adesivo do sistema Scotchbond Multipurpose Plus foi utilizado, sendo polimerizado por 20 segundos.

GVI (SMP) - apenas o "primer" do sistema Scotchbond Multipurpose Plus foi aplicado.

GVII (SMPA) - o "primer" foi inicialmente aplicado, sendo seguido pela aplicação do adesivo do sistema, polimerizado por 20 segundos.

GVIII (CLA) - apenas o adesivo do sistema Clearfil Liner Bond 2 (CLB2) foi aplicado e fotoativado por 20 segundos.

GIX (CLP) - após misturar uma gota do "primer" A e outra do "primer" B, a mistura foi aplicada na lamínula e colocada na placa.

GX (CLPA) - após misturar uma gota do "primer" A e outra do "primer" B, a mistura foi aplicada na lamínula, deixada por 30 segundos e seguida pelo uso do adesivo, que foi polimerizado por 20 segundos.

Unidade fotoativadora XL 1500 (3M Dental Products, St. Paul, MN, EUA) foi empregada para a polimerização dos materiais, quando necessário.

Viabilidade celular

A viabilidade celular foi obtida através do método da exclusão de células coradas pelo azul de Trypan.

Após os períodos de contato dos materiais com as células, as culturas foram tripsinizadas e centrifugadas para obtenção de um precipitado de células. Essas células eram então ressuspensas em PBS, sendo aplicado azul de Trypan a 0,4%, que penetra a membrana de células mortas corando-as. Ambas as câmaras de um hemocitômetro receberam essa nova suspensão de células, as quais foram contadas sob microscópio invertido de fase. O número total de células e o número total de células viáveis foram obtidos através de equações matemáticas.

O percentual de viabilidade da população celular foi obtido dividindo-se o número total de células viáveis pelo número total de células e o resultado multiplicado por 100 (FRESHNEY18, 1987).

Análise estatística

Os dados foram apresentados como média ± o desvio padrão da porcentagem de viabilidade das culturas (triplicatas). Os dados foram comparados através da Análise de Variância e teste de Tukey.

 

RESULTADOS

Durante a análise estatística de variância constatou-se a presença de diferenças estatísticas entre os vários grupos, as quais foram adicionalmente investigadas através do teste de Tukey.

As médias das porcentagems de viabilidade celular, com os correspondentes desvios padrões, bem como o valor crítico para contraste, são encontradas na Tabela 1.

 

a12t1.gif (8521 bytes)

 

O gráfico da Figura 1 ilustra e a análise estatística mostrou que as culturas controle (G I) apresentaram porcentagens de viabilidade maiores que aquelas dos demais grupos experimentais. No entanto, não houve diferenças significativas entre as viabilidades de culturas controle (GI) e culturas tratadas com o Ca(OH)2 (GII) (a).

 

a12f1.gif (8166 bytes)

 

Culturas tratadas tanto com a resina composta (GIII) como com os componentes individuais do sistema Scotchbond Multipurpose Plus (GIV-ácido fosfórico, GV-adesivo, GVI-"primer") apresentaram porcentagens de viabilidade similares entre si e com as do grupo do Ca(OH)2 (GII). Porém, essas viabilidades foram significantemente menores que aquelas apresentadas pelo grupo controle (GI) (b).

A resina composta (GIII), os componentes individuais do sistema Scotchbond Multipurpose Plus (GIV-ácido fosfórico, GV-adesivo, GVI-"primer"), o sistema Scotchbond Multipurpose Plus completo (GVII) e o sistema Clearfil Liner Bond 2 completo (GX) também não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre si com relação à porcentagem de viabilidade celular. No entanto, essas viabilidades foram significantemente menores que as apresentadas pelas culturas do grupo tratado com Ca(OH)2 (GII) (c).

O "primer" do sistema Scotchbond Multipurpose Plus (GVI), o sistema Scotchbond Multipurpose Plus completo (GVII), os componentes individuais do sistema Clearfil Liner Bond 2 (GVIII-adesivo, GIX-"primer") e o sistema Clearfil Liner Bond 2 completo (GX) também não apresentaram diferenças estatísticas entre si com relação à porcentagem de viabilidade das culturas NIH-3T3. Porém, esses grupos apresentaram porcentagens de viabilidade significantemente menores que o grupo do Ca(OH)2 (GII) (d).

Com relação aos materiais que primeiro entram em contato com os tecidos dentais, ou seja, o ácido fosfórico (GIV) do sistema Scotchbond Multipurpose Plus e o "primer" do sistema Clearfil Liner Bond 2 (GIX) pudemos observar que a viabilidade do grupo do ácido foi significantemente maior que a do "primer" (GIX) e similar ao do grupo II (Ca (OH)2).

 

DISCUSSÃO

A avaliação da citotoxicidade é o primeiro passo da avaliação da biocompatibilidade dos materiais dentários a serem empregados clinicamente (STANLEY53, 1992). A avaliação da citotoxicidade utilizando técnicas de cultura celular apresenta algumas vantagens, como a simplicidade do método, baixo custo e fácil realização, sendo facilmente reproduzíveis. Conta também com a vantagem de reduzir a contaminação bacteriana e a variabilidade da profundidade cavitária. Além disso, não envolve experimentos com animais in vivo, estando menos sujeita a problemas éticos. Com esse tipo de técnica é possível também identificar se o material per si ou os produtos dele liberados são os responsáveis por alterações celulares, proporcionando um melhor entendimento da biocompatibilidade desses materiais (SCHMALZ48, 1994; PIZZOFERRATO et al.43, 1994).

Em nosso estudo foi possível observar que o cimento de hidróxido de cálcio apresentou efeito citotóxico muito leve, incapaz de reduzir a viabilidade celular quando comparado ao grupo controle. Resultados favoráveis do emprego desse material têm sido demonstrados tanto em estudos in vivo (ALLE et al.3, 1984; HOLLAND et al.28, 1982; SCHRÖDER49, 1985) quanto em testes in vitro (MÜLLER et al.38, 1990; SEUX et al.51, 1991). verificaram que células pulpares provenientes de "explantes" do órgão pulpar poderiam se diferenciar em odontoblastos, na presença de cimento de hidróxido de cálcio, após 4 semanas. MÜLLER et al.38 (1990) também verificaram que a presença de um cimento de hidróxido de cálcio não resultava em redução da viabilidade de fibroblastros pulpares, apresentando essas células um crescimento em íntimo contato com o material. A colocação de materiais à base de hidróxido de cálcio sobre polpas expostas resulta na formação de barreiras calcificadas na região da exposição com a diferenciação de novas células odontoblasto-símiles sob essas barreiras calcificadas (ALLE et al.3, 1984; HOLLAND et al.28, 1982; SCHRÖDER49, 1985).

A citotoxicidade de diferentes materiais resinosos tem apresentado resultados controversos na literatura, com estudos demonstrando ausência de efeito citotóxico (MERYON36, 1987; HETEM et al.27, 1989), enquanto em outros esses materiais demonstravam um efeito tóxico marcante (HERSTEN-PETTERSEN; HELGELAND26, 1977; DUMSHA, SYDISKIS14, 1985; MERYON; BROOK37, 1989).

Em nosso estudo, o contato da resina composta Z100 sobre culturas celulares estabelecidas de células NIH-3T3 por 24 horas resultou em uma redução da viabilidade celular em relação ao controle, sendo, porém, similar àquela do Ca(OH)2. HETEM et al.27 (1989) verificaram in vitro que resinas compostas aplicadas sobre germes dentários de ratos ocasionavam apenas efeito tóxico discreto. Reparo pulpar e formação de ponte dentinária têm também sido encontrados quando do capeamento pulpar com resinas compostas (COX et al.11, 1987; COX et al.12, 1996).

A citotoxicidade dos materiais resinosos tem sido relacionada à presença de monômeros não polimerizados no interior da massa resinosa (LANGELAND et al.34, 1966; STANLEY et al.56, 1967; FERRACANE16 , 1994). Esses monômeros teriam a capacidade de difundir-se através da dentina até alcançar a polpa (GERZINA; HUME20, 1996). O efeito citotóxico seria decorrente da redução das atividades de síntese das células. Redução na síntese protéica, da síntese de DNA e da respiração celular tem sido encontradas quando do uso de materiais resinosos em culturas de células (HANKS et al.22;23;24, 1991; 1992; 1994).

Já a combinação do uso do "primer" + adesivo de ambos os sistemas resultou em uma redução estatisticamente significante da viabilidade celular, quando comparado ao cimento de hidróxido de cálcio. Esse maior efeito citotóxico apresentado pelos adesivos poderia ser decorrente da maior liberação de substâncias desses materiais. O tempo de polimerização é importante na redução do efeito citotóxico (HASHIMOTO et al.25, 1997), pois maior tempo de fotoativação assegura maior conversão do grau de polimerização dos materiais resinosos (FERRACANE16, 1994). Desse modo, a falta de polimerização dos "primers" de ambos os sistemas, aliada ao tempo de polimerização de 20 segundos dos adesivos poderia influenciar no maior efeito citotóxico. Além disso, a camada superficial dos adesivos não sofre polimerização completa (SCHUSTER et al.50, 1996), o que facilitaria a liberação de substâncias. KAGA et al.31 (1996) verificaram que os sistemas Scotchbond Multipurpose Plus e Clearfil Liner Bond 2 apresentaram citotoxicidade similar, sendo essa citotoxicidade diminuída com o tempo de polimerização. HASHIMOTO et al.25 (1997) não encontraram efeitos citotóxicos desses dois adesivos quando polimerizados por 20 ou 40 segundos. No entanto, em nosso estudo, em que ambos os adesivos foram polimerizados por 20 segundos, eles demonstraram efeito citotóxico. Ambos os sistemas adesivos apresentam em suas formulações HEMA e Bis-GMA, os quais demonstram citotoxicidade in vitro (HANKS et al.22;23, 1991, 1992; BOUILLAGUET et al.6, 1996)

Efeito sinérgico na citotoxicidade tem sido verificado na combinação de diversos componentes de adesivos dentinários (RATANASATHIEN et al.45, 1995). Maior citotoxicidade dos "primer" em relação aos adesivos também tem sido demonstrada (BOUILLAGUET et al.5, 1993). Todavia, em nosso estudo, não houve diferenças entre a citotoxicidade dos componentes dos dois sistemas adesivos testados. A combinação do "primer" + adesivo não ocasionou um aumento significante da citotoxicidade.

Em relação ao ácido fosfórico, apresentou uma viabilidade celular que não foi estatisticamente diferente daquela encontrada para o hidróxido de cálcio. Esse foi o único ponto onde houve diferenças de citotoxicidade entre os dois sistemas adesivos, uma vez que o ácido, aplicado no Scotchbond Multipurpose Plus, mostrou ser menos citotóxico que o "primer" do sistema Clearfil Liner Bond 2 (self-etching). No entanto, o ácido fosfórico tem sido considerado tóxico à polpa, mesmo quando aplicado em dentina (RETIEF et al.46, 1974; STANLEY et al.55, 1975). Por outro lado, outros estudos têm demonstrado que a capacidade de penetração do ácido fosfórico é muito restrita na dentina (JENNINGS; RANLY30, 1972). Além disso, o ácido pode ser tamponado pela dentina e pelos fluidos teciduais (COX et al.12, 1996). As alterações pulpares encontradas nos primeiros estudos utilizando o condicionamento ácido da dentina talvez não fossem decorrentes da toxicidade do material, mas, sim, devido à remoção da smear layer e abertura dos túbulos dentinários, sem a aplicação de um sistema adesivo que selasse a interface, o que poderia levar à infiltração bacteriana na interface (PASHLEY41, 1992; SNUGGS et al.52, 1993). Adicionalmente, as alterações pulpares decorrentes do uso do ácido fosfórico parecem ser transitórias (FUJITANI et al.19, 1992), uma vez que sua aplicação é um evento de curta duração. Reparo pulpar e formação de tecido calcificado têm sido encontrados em polpas expostas capeadas com materiais contendo ácido fosfórico (COX et al.11, 1987; SNUGGS et al.52, 1993; COX et al.12, 1996).

O efeito citotóxico encontrado na aplicação de sistemas adesivos em cultura de células poderia ser correlacionado com a resposta inflamatória inicial encontrada sob restaurações de resina composta (GERZINA; HUME20, 1996; CAMPS et al.8, 1997).

A avaliação da citotoxicidade é importante, pois permite esclarecer o mecanismo biológico pelo qual o efeito citotóxico é produzido (SCHMALZ48, 1994) e o mecanismo de ação de diferentes materiais durante a interação material/tecido (PIZZOFERRATO et al.43, 1994). Contudo, o teste apresenta limitações. O uso de culturas de células de monocamada, a qual é bidimensional, é não fisiológico, não reproduzindo a arquitetura tecidual in vivo, a qual é tridimensional (FOX et al.17, 1996), onde as camadas de células subjacentes poderiam realizar o reparo da agressão superficial. A presença de efeito citotóxico in vitro não garante que o material seja tóxico quando aplicado in vivo. Por outro lado, a ausência de efeito citotóxico é a garantia de boa resposta clínica (PIZZOFERRATO et al.43, 1994). Desse modo, resultados de experimentos in vitro podem ser comparados com o que acontece in vivo apenas com extremo cuidado, pois os resultados podem ser controversos (WENNBERG et al.58, 1983).

Na avaliação de um material para uso clínico, seria importante que este não apresentasse grau nenhum de citotoxicidade, em qualquer estágio, mas, se o nível de toxicidade não ultrapassar o potencial de reparo do tecido pulpar, esse nível de citotoxicidade pode ser aceitável (INOUE et al.29, 1996).

A aplicação de materiais resinosos sobre a polpa dental permanece um assunto controverso. De fato, como demonstrado em nosso estudo, os materiais adesivos apresentam toxicidade sobre as células. Contudo, tal citotoxicidade não garante que a colocação desses materiais sobre o tecido pulpar pudesse levar à necrose do órgão pulpar. Porém, indica que aquelas células que entrarem em contato direto com o material morrerão, o que por si só levaria a uma resposta da polpa. Como a maioria da liberação de substâncias dos materiais resinosos ocorre nas primeiras horas, o efeito tóxico poderia ser apenas agudo e transitório (CAMPS et al.8, 1997). A redução da viabilidade celular poderia levar, também, a um retardo no reparo pulpar quando da aplicação de materiais resinosos sobre o órgão pulpar (NAKAMURA et al.39, 1997).

 

CONCLUSÕES

Com base na metodologia empregada e nos achados encontrados, foi possível concluir que:

  1. o cimento de hidróxido de cálcio não ocasionou redução da viabilidade celular de culturas estabelecidas de células NIH-3T3, em relação ao controle, 24 horas após sua aplicação;
  2. a aplicação da resina composta ou do ácido fosfórico resultou numa viabilidade celular similar à do hidróxido de cálcio, sendo porém menor que aquela do grupo controle;
  3. a aplicação do primer + adesivo dos sistemas adesivos Scotchbond Multipurpose Plus e Clearfil Liner Bond 2 resultou em porcentagens de viabilidade celular similares, havendo, porém, redução da viabilidade na comparação com o hidróxido de cálcio;
  4. não foram encontradas diferenças na viabilidade celular entre os diferentes componentes ("primer", adesivo, "primer" + adesivo) dos dois sistemas adesivos.

 

 


DEMARCO, F. F.; TARQUINIO, S. B. C.; JAEGER, M. M. M.; MATSON, E. Evaluation of the cytotoxicity of two dentin-bonding systems. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 12, n. 4, p. 375-382, out./dez. 1998.

The purpose of the present study was to evaluate the cytotoxicity of two different dentin-bonding agents on cell cultures. NIH-3T3 fibroblasts were plated in Petri dishes. After 48 hours, when the cells were in confluence, "primers" and adhesives of two dentin bonding systems (Scotchbond Multipurpose Plus and Clearfil Liner Bond 2) were applied on glass slides, which were placed in the dishes. Composite resin and calcium hydroxide were also used. Polymerization, when required, was performed with a XL 1500 light unit. No material was used in the control group. All materials remained in contact with the cells for 24 hours, except for phosphoric acid, which was maintained for 20 seconds. After that, cells were counted in a hemocytometer and cell viability was obtained by tripan blue dye exclusion. The data were submitted to statistical analysis (ANOVA and Tukey's test). It was possible to conclude that all materials tested presented lower cell viability than the control group, except calcium hydroxide. Composite resin and phosphoric acid application caused similar viability rates as calcium hydroxide. "Primers" plus adhesive application of both adhesive systems produced similar cytotoxicicity, both causing smaller cell viability than that of calcium hydroxide group. No differences were found in relation to the cytotoxic effects of the components in both adhesive systems.

UNITERMS: Dentin-bonding agents; Biocompatibility; Cell culture; Cytotoxicity; Composite resins.


 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ADAMS, A. M.; SOAMES, J. V.; SEARLE, R. F. Citotoxicity studies of dental restorative materials using human periodontal ligament cells in vitro. Int Endod J, v. 27, n. 4, p. 171-177, July 1994.         [ Links ]

2. AKIMOTO, N.; MOMOI, Y.; KOHNO, A.; OTSUKI, M.; SUZUKI, S.; COX, C. F. Histologic observation of direct capped pulps with Liner Bond 2 Adhesive System. J Dent Res, v. 76, p. 78, 1997. [Resumo n. 519].         [ Links ]

3. ALLE, N.; COSTA, N. O.; PEREIRA, J. C. Efeito de alguns materiais à base de hidróxido de cálcio em proteções diretas de polpas de cães. Estomat Cult, v. 14, n. 2, p. 21-28, 1984.         [ Links ]

4. BARATIERI, L. N.; MONTEIRO Jr., S.; ANDRADA, M. A. C.; VIEIRA, L. C. C.; CARDOSO, A. C.; RITTER, A. V. Estética - restaurações adesivas diretas em dentes anteriores fraturados. São Paulo : Santos, 1995. Cap. 6, p. 135-205.         [ Links ]

5. BOUILLAGUET, S.; CIUCCHI, B.; HOLZ, J. Évaluation de lacytotoxicité de deux adhesifs dentinaires à l'aide de cellules pulpaires humaines en culture. Rev Mens Suisse Odontostomatol, v. 103, n. 9, p. 1085-1091, Sept. 1993.         [ Links ]

6. BOUILLAGUET, S.; WATAHA, J. C.; HANKS, C. T.; CIUCCHI, B.; HOLZ, J. In vitro citotoxicity and dentin permeability of HEMA. J Endod, v. 22, n. 5, p. 244-248, May 1996.         [ Links ]

7. BRÄNNSTRÖM, M.; NYBORG, H. The presence of bacteria in cavities filled with silicate cement and composites resin materials. Sven Tandlak Tidskr, v. 64, n. 3, p. 149-155, Mar. 1971.         [ Links ]

8. CAMPS, J.; TARDIEU, C.; DÉJOU, J.; FRANQUIN, J. C.; LADAIQUE, P.; RIEU, R. In vitro citoxicity of dental adhesive systems under simulated pulpal pressure. Dent Mater, v. 13, n. 1, p. 34-42, Jan. 1997.         [ Links ]

9. COSTA, C.A.S.; MONTANO, T.C.P.; D'ABREU, M.C.F.; HEBLING, J.; GONZAGA, H.F.S. Avaliação histológica da capacidade de reparação do tecido conjuntivo pulpar de rato capeado com o sistema adesivo Scotchbond MP e o cimento de óxido de zinco e eugenol. Rev Paul Odontol, v. 19, n. 3, p. 26-32, maio/jun. 1997.         [ Links ]

10. COX, C. F.; SUZUKI, S. Re-evaluating pulp protection: calcium hydroxide liners vs. cohesive hybridization. J Am Dent Assoc, v. 125, n. 6, p. 823-831, July 1994.

11. COX, C. F.; KEALL, C.; KEALL, H. J.; OSTRO, E.; BERGEHOLTZ, G. Biocompatibility of surface-sealed dental materials against exposed pulps. J Prosthet Dent, v. 57, n. 1, p. 1-8, Jan. 1987.         [ Links ]

12. COX, C. F.; SUBAY, R. K.; SUZUKI, S.; SUZUKI, S. H.; OSTRO, E. Biocompatibility of various dental materials: pulp healing with a surface seal. Int J Period Rest Dent, v. 16, n. 3, p. 240-251, June 1996.

13. DEZAN Jr., E.; HOLLAND, R.; MAURO, S. J. Capeamento pulpar e pulpotomia com o sistema All Bond II. Estudo in vivo. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISA ODONTOLÓGICA, 1995, Águas de São Pedro. Anais. São Paulo: SBPqO, 1995. p. 27. [Resumo n. 54]

14. DUMSHA, T. C.; SYDISKIS, R. J. Cytotoxicity testing of a dentin bonding system. Oral Surg Oral Med Oral Pathol, v. 59, n. 6, p. 637-641, June 1985.         [ Links ]

15. EICK, J. D.; GWINNETT, A. J.; PASHLEY, D. H.; ROBINSON, S. J. Current concepts on adhesion to dentin. Crit Rev Oral Biol Med, v. 8, n. 3, p. 306-335, 1997.         [ Links ]

16. FERRACANE, J. L. Elution of leachable components from composites. J Oral Rehabil, v. 21, n. 6, p. 441-452, July 1994.         [ Links ]

17. FOX, L. M.; BERG, J.; DURBAN, E. M. 3-D culture system to examine cytocompatibility of restorative materials. J Dent Res, v. 75, p. 381, 1996.         [ Links ] [Resumo n. 2907].

18. FRESHNEY, R. I. Culture of animal cells: a manual of basic technique. New York: Wiley-liss, 1987.         [ Links ]

19. FUJITANI, M.; INOKOSHI, S.; HOSODA, H. Effect of acid etching on the dental pulp in adhesive composite restorations. Int Dent J, v. 42, n. 1, p. 3-11, Feb. 1992.         [ Links ]

20. GERZINA, T. M; HUME, W. R. Diffusion of monomers from bonding resin-resin composite combinations through dentine in vitro. J Dent, v. 24, n. 1/2, p. 125-128, Jan./Mar. 1996.         [ Links ]

21. GRUPO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE DENTÍSTICA. Conclusões do Simpósio de Estética. In: ENCONTRO DO GRUPO BRASILEIRO DE PROFESSORES DE DENTÍSTICA, 12, Vitória: GBPD, 1997. 3 p. [Separata].

22. HANKS, C. T.; STRAWN, S. E.; WATAHA, J. C.; GRAIG, R. G. Cytotoxic effects of resin components on cultured mammalian fibroblasts. J Dent Res, v. 70, n. 11, p. 1450-1455, Nov. 1991.         [ Links ]

23. HANKS, C. T.; WATAHA, J. C.; PARSELL, R. R.; STRAWN, S. E.; FAT, J. C. Delineation of cytotoxic concentrations of two dentin bonding agents in vitro. J Endod, v. 18, n. 12, p. 589-596, Dec. 1992.         [ Links ]

24. HANKS, C. T.; WATAHA, J. C.; PARSELL, R. R.; STRAWN, S. E.; FAT, J. C. Permeability of biological and synthetic molecules through dentine. J Oral Rehabil, v. 21, n. 12, p. 475-487, Dec. 1994.         [ Links ]

25. HASHIMOTO, M.; KAGA, M.; OGUCHI, H. Cellular response to dentin-bonding composite resins with dentin disks. J Dent Res, v. 76, p. 326, 1997. [Resumo n. 2500].         [ Links ]

26. HERSTEN-PETTERSEN, A.; HELGELAND, K. Evaluation of biologic effects of dental materials using four different cell culture techniques. Scand J Dent Res, v. 85, n. 4, May 1977.         [ Links ]

27. HETEM, S.; JOWETT, A. K.; FERGUSON, W. J. Biocompatibility testing of a posterior composite and dental cements using a new organ culture model. J Dent, v. 17, n. 4, p. 155-61, Aug. 1989.         [ Links ]

28. HOLLAND, R.; PINHEIRO, C. E.; MELLO, W.; NERY, M. J.; SOUZA, V. Histochemical analysis of the dogs dental pulp after pulp capping with calcium, barium, and stroncium hydroxide. J Endod, v. 8, n. 10, p. 444-447, Oct. 1982.         [ Links ]

29. INOUE, T.; MIYAKOSHI, S.; SHIMONO, M. Dentin pulp/adhesive resin interface. Biological view from basis science to clinic. In: PROCEEDINGS OF THE INTERNATIONAL CONFERENCE ON DENTIN/PULP COMPLEX 1995 AND THE INTERNATIONAL MEETING ON CLINICAL TOPICS OF DENTIN/PULP COMPLEX. DENTIN/PULP COMPLEX, 1995. Tóquio : Quintessence Publishing. 1996. p. 217-220.         [ Links ]

30. JENNINGS, R.E.; RANLY, D.M. Autoradiograph studies of 32P penetration into enamel and dentin during acid etching. J Dent Child, v. 39, n. 1, p. 69-71, Jan./Feb. 1972.         [ Links ]

31. KAGA, M.; FERRACANE, J. L.; TSUJIGUCHI, S.; TAKANO, M.; SHIRAI, Y.; OGUCHI, N. Cytotoxic evaluation of dentin bonding composite resin system. J Dent Res, v. 75, p. 389, 1996. [Resumo n. 2972].         [ Links ]

32. KANKA III, J. Replacement of a fractured incisor fragment over pulpal exposure: a case report. Quintessence Int, v. 24, n. 2, p. 81-84, Feb. 1993.

33. KASHIWADA, T.; TAKAGI, M. New restoration and direct pulp capping systems using adhesive composite resin. Bull Tokyo Med Dent Univ, v. 38, n. 4, p. 45-52, Dec. 1991.         [ Links ]

34. LANGELAND, K. L.; GUTTUSO, J.; JEROME, D. R. J.; LANGELAND, K. Histologic and clinical comparison of Addent with silicate cements and cold-curing materials. J Am Dent Assoc, v. 72, p. 373-384, Feb. 1966.         [ Links ]

35. LANZA, L. D. Avaliação clínica e microscópica de um sistema adesivo aplicado em proteções pulpares diretas de dentes humanos. Bauru, 1997. 140 p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.         [ Links ]

36. MERYON, S. D. The influence of surface area on the in vitro cytotoxicity of a range of dental materials. J Biomed Mater Res, v. 21, n. 10, p. 1179-1186, Oct, 1987.         [ Links ]

37. MERYON, S. D.; BROOK, A. M. In vitro cytotoxicity of three dentine bonding agents. J Dent, v. 17, n. 5, p. 279-283, Oct. 1989.         [ Links ]

38. MÜLLER, J.; BRUCKNER, G.; KRAFT, E.; HÖRZ, W. Reaction of cultured pulp cells to eight different cements based on glass ionomers. Dent Mater, v. 6, n. 2, p. 172-177, July 1990.         [ Links ]

39. NAKAMURA, M.; MIYAKOSHI, S.; INOUE, T.; HOSODA, Y.; SHIMONO, M. Immunohistochemical study of dental pulp applied with 4-META/MMA-TBB adhesive resin. J Dent Res, v. 76, p. 305, 1997. [Resumo n. 2330].         [ Links ]

40. PASCON, E. A.; ALMEIDA, A. W.; RODRIGUES, M. A. O.; ALVES, E.P.C. Resposta tecidual ao ataque ácido direto sobre exposições pulpares. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISA ODONTOLÓGICA, 1996, Águas de São Pedro. Anais. São Paulo : SBPqO, 1995. p. 57. [Resumo n. 44].

41. PASHLEY, D. P. The effects of acid etching on the pulpodentin complex. Operat Dent, v. 17, n. 3, p. 229-242, May/June 1992.         [ Links ]

42. PEREIRA, J. C.; SEGALA, A. D; COSTA, C. A. S. Human pulp response to direct capping with na adhesive system: histologic study. J Dent Res, v. 76, p. 180, 1997. [Resumo n. 1329].

43. PIZZOFERRATO, A.; CIAPETTI, G.; STEA, S.; CENNI, E.; ARCIOLA, C. R.; GRANCHI, D.; SAVARINO, L. Cell culture methods for testing biocompatibility. Clin Mater, v. 15, p. 175-190, 1994.         [ Links ]

44. PRAGER, M. Pulp capping with the total-etch technique. Dent Econ, v. 84, n. 1, p. 78-79, Jan. 1994.         [ Links ]

45. RATANASATHIEN, S.; WATAHA, J. C.; HANKS, C. T.; DENNISON, J. B. Cytotoxic interactive effects of dentin bonding components on mouse fribloblasts. J Dent Res, v. 74, n. 9, p. 1602-1606, Sept. 1995.         [ Links ]

46. RETIEF, D. H.; AUSTIN, J. C.; FATTI, L. P. Pulpal response to phosphoric acid. J Oral Pathol, v. 3, n. 2, p. 114-122, Feb. 1974.         [ Links ]

47. SANO, H.; TAKATSU, T.; CIUCCHI B.; HORNER, J. A.; MATTHEWS, W. G.; PASHLEY, D. H. Nanoleakage: Leakage within the hybrid layer. Operat Dent, v. 20, n. 1, p. 18-25, Jan./Feb. 1995.

48. SCHMALZ, G. Use of cell cultures for toxicity testing of dental materials - advantages and limitations. J Dent, v. 22, p. S21-S24. 1994. Suplemento 2.         [ Links ]

49. SCHRÖDER, U. Effects of calcium hydroxide-containing pulp-capping agents on pulp cell migration, proliferation, and diferentiation. J Dent Res, v. 64, p. 541-548, Apr. 1985. Supplement.         [ Links ]

50. SCHUSTER, G. S.; LEFEBVRE, C. A.; WATAHA, J. C.; WHITE, S. N. Biocompatibility of posterior restorative materials. J Can Dent Assoc, v. 24, n. 9, p. 17-31, Sept. 1996.         [ Links ]

51. SEUX, D.; COUBLE, M. L.; HARTMANN, D. J.; GAUTHIER, J. P.; MAGLOIRE, H. Odontoblast-like cytodifferentiation of human dental pulp cells in vitro in the presence of a calcium hydroxide-containing cement. Arch Oral Biol, v. 36, n. 2, p. 117-128, Feb. 1991.         [ Links ]

52. SNUGGS, H. M.; COX, C. F.; POWELL, C. S.; WHITE, K. C. Pulpal healing and dentinal bridge formation in an acidic environment. Quintessence Int, v. 24, n. 7, p. 501-510, July 1993.         [ Links ]

53. STANLEY, H. R. Biological evaluation of dental materials. Int Dent J, v. 42, n. 1, p. 37-44, Feb. 1992.         [ Links ]

54. STANLEY, H. R; PAMEIJER, C. H. Sequential death of exposed pulps with "Total-etch"/bonding treatments. J Dent Res, v. 76, p. 78, 1997. [Resumo n. 519].         [ Links ]

55. STANLEY, H. R.; GOING, R. E.; CHAUNCEY, H. H. Human pulp response to acid pretreatment of dentin and to composite restoration. J Am Dent Assoc, v. 91, n. 10, p. 817-825, Oct. 1975.         [ Links ]

56. STANLEY, H. R.; SWERDLOW, H.; BUONOCORE, M. G. Pulp reactions to anterior restorative materials. J Am Dent Assoc, v. 75, n. 1, p. 132-141, July 1967.         [ Links ]

57. SWIFT Jr., E. J.; PERDIGÃO, J.; HEYMANN, H. Bonding to enamel and dentin: a brief history and state of the art, 1995. Quintessence Int, v. 26, n. 2, p. 95-110, Feb. 1995.

58. WENNBERG, A.; MJÖR, I. A.; HERSTEN-PETTERSEN, A. Biological evaluation of dental restorative materials - a comparison of different test methods. J Biomed Mater Res, v. 11, n. 1, p. 23-36, Jan. 1983.         [ Links ]

 

Recebido para publicação em 13/04/98
Aceito para publicação em 07/06/98

 

 

* Professor Adjunto e ** Professora Assistente da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas - RS.
*** Professora Doutora e **** Professor Titular da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.