It is the cache of ${baseHref}. It is a snapshot of the page. The current page could have changed in the meantime.
Tip: To quickly find your search term on this page, press Ctrl+F or ⌘-F (Mac) and use the find bar.

Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo - COMPARATIVE EVALUATION OF SYSTEMS FOR CLASSIFYING PARTIALLY EDENTULOUS ARCHES: AN EIGHTY-YEAR CRITICAL REVIEW

SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.12 issue1DEVELOPMENT OF A SILICONE SCALE FOR SHADES OF HUMAN SKINZYGOMATIC ARCH FRACTURE IN THE GROWTH PERIOD: AN EXPERIMENTAL STUDY IN RATS author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo

Print version ISSN 0103-0663

Rev Odontol Univ São Paulo vol. 12 no. 1 São Paulo Jan./Mar. 1998

http://dx.doi.org/10.1590/S0103-06631998000100011 

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃODOS ARCOS PARCIALMENTE EDENTADOS:
UMA REVISÃO CRÍTICA DE OITENTA ANOS

COMPARATIVE EVALUATION OF SYSTEMS FOR CLASSIFYINGPARTIALLY EDENTULOUS ARCHES: AN EIGHTY-YEAR CRITICAL REVIEW

 

Carlos GIL*

 

 

GIL, C. Avaliação comparativa dos sistemas de classificação dos arcos parcialmente edentados: uma revisão crítica de oitenta anos. Rev Odontol Univ São Paulo, v.12, n.1, p.65-74, jan./mar. 1998.

Inúmeros métodos de classificação de arcos parcialmente edentados têm sido propostos e vêm sendo utilizados até a presente data. A análise da literatura revelou grande controvérsia entre os autores devido aos inúmeros parâmetros envolvidos na tentativa de se estabelecerem métodos classificatórios. Em relação às variações graduais entre suporte mucoso e dental e aspectos anatômicos e topográficos, a posição dos retentores diretos e indiretos ainda permanece muito confusa. Tentando compreender melhor esses problemas, realizamos uma análise de todos os aspectos relacionados com essas classificações, discutindo-as e comentando-as. Pudemos verificar que nenhuma das classificações da literatura, aplicadas isoladamente, é plenamente satisfatória na indicação e no planejamento do tratamento protético. O ensino das classificações dos arcos parcialmente edentados deve ser incentivado nas escolas de Odontologia por constituir um valioso meio auxiliar nas dificuldades iniciais do trabalho protético, facilitando o planejamento das Próteses Parciais Removíveis (PPRs). Em função dos aspectos analisados, ficou clara a necessidade de serem utilizadas simultaneamente, no mínimo, três classificações, uma topográfica, outra com bases mecânico-funcionais e uma terceira com as características do tipo de transmissão de esforços aos elementos dentais e ao rebordo residual. As sistematizações com parâmetros fisiopatológicos, embora importantes pelos seus conceitos e fundamentos, mostraram-se extremamente complexas, limitando sua total utilização. Assim, considerações metodológicas envolvendo os sistemas de classificação são elementos importantes quanto a apresentação, discussão e planejamento de casos clínicos, bem como fundamentais na elaboração de pesquisas relacionadas à Prótese Parcial Removível.

UNITERMOS: Prótese parcial removível; Prótese parcial removível * classificação; Arcos parcialmente edentados.

 

 

INTRODUÇÃO

Dentre os inúmeros problemas apresentados à Odontologia contemporânea, aquele relacionado com sistemas classificatórios para arcos parcialmente edentados ainda não teve uma solução adequada. As numerosas proposições que vêm sendo feitas no sentido de se estabelecer uma sistematização universalmente aceita têm se mostrado insatisfatórias, gerando numerosas classificações (cerca de cem) que, na sua maior parte, diferenciam-se apenas quanto à terminologia, induzindo a dúvidas quanto a sua eficácia, aceitação e aplicabilidade clínica27,48.

Historicamente, a necessidade de serem criadas classificações surgiu em função da dificuldade de comunicação e diálogo entre profissionais e entre estes e laboratoristas, no sentido de se estabelecer uma linguagem comum, tanto na descrição quanto na indicação correta da Prótese Parcial Removível (PPR)2,12,38. Nesse sentido, APPLEGATE2,3 (1965, 1958) enfatizou a necessidade imperiosa da obtenção e utilização de uma classificação universalmente aceita sobre condições edêntulas ou sua correção protética, particularmente quando se encontrarem envolvidas PPRs.

Em função da grande quantidade de variáveis envolvidas com o sistema estomatognático, tornou-se impraticável caracterizá-las numa só sistematização. O tratamento do parcialmente edentado é tão amplo que as condições bioestáticas, biomecânicas e biológicas não permitem que a classificação isolada de um determinado caso, julgada estaticamente em modelo, decida, de forma exclusiva, o diagnóstico correto para o futuro tratamento9,53. Assim, os vários autores tentaram resolver o problema agrupando o número de possíveis combinações em classes e subclasses, baseadas em diferentes princípios ou correlações, entre os quais:

1. relação entre a posição dos retentores diretos e a conseqüente variação posicional dos retentores indiretos14,15;
2. relação entre a posição dos espaços edentados (espaços protéticos) e a posição dos elementos dentais remanescentes no arco38;
3. características de transmissão da carga mastigatória ao osso, i.e., suporte dental, suporte mucoso ou a combinação de ambos8,10;
4. qualidade, grau de mobilidade e quantidade de suporte ósseo apresentado pelos dentes suportes e o rebordo residual8,63;
5. localização e extensão dos espaços edentados8,33;
6. posição e distribuição de espaços edentados por meio de segmentos anatomicamente localizados20,21;
7. posição e comprimento dos espaços edentados e sua relação com o número e a posição dos dentes remanescentes45;
8. rendimento da prótese parcial removível já instalada16,49.

Inúmeras outras combinações classificatórias também foram propostas4,13,17,23,64.

O grande número de classificações demonstra o quanto as mesmas são arbitrárias, sendo o seu interesse fundamentalmente pedagógico, como um meio de orientação prática dentro da complexidade de cada caso55,66.

Os diversos sistemas de classificação dos parcialmente edentados não satisfazem plenamente, porque as diversas classes e subclasses não criam uma imagem visual do arco que permita fácil memorização4,42,52,67. Qualquer classificação que se relacione com PPR e tente dar uma grande quantidade de informações, sob o aspecto diagnóstico-prognóstico, terá aceitação limitada6,37,38, devendo refletir as condições da cavidade bucal4.

Assim sendo, em função de divergências observadas entre os autores, realizamos uma análise crítica e comparativa das classificações existentes, quer sob o aspecto morfológico, quer fisiopatológico, com a finalidade de discutir o problema das sistematizações dos arcos parcialmente edentados.

 

REVISTA DA LITERATURA E DISCUSSÃO

Características, número e bases das classificações

A grande dificuldade que surge na elaboração de um sistema classificatório de arcos parcialmente edentados prende-se ao fato de que o número de variáveis a serem levadas em consideração é grande, sendo difícil utilizar todas sob pena de torná-las inúteis, quer no aspecto didático, quer prático.

São tantas as classificações publicadas que, ao analisarmos a literatura, pudemos observar a dificuldade entre os autores em determinar as variáveis que lhes parecessem mais importantes, levando-se em consideração apenas uma, duas e até mesmo três diferentes variáveis27,48. Alguns dos parâmetros utilizados foram os anatômicos20,21 e os topográficos13,37,38. Também o grau de rendimento apresentado pelo tipo de prótese a ser utilizada, em relação à capacidade mastigatória — classificação mais conhecida como "ação por rendimento" —, foi estabelecido16,22,49,50. As sistematizações que procuram unificar os conceitos topográficos, anatômicos e de "ação por rendimento", sugeridas com a finalidade de dar uma conotação de funcionabilidade, são as classificações chamadas "funcionais"27,48,60. Outros autores ainda se prendem a fatores da Fisiologia do aparelho mastigatório, associando aspectos fisiológicos periodontais à patologia dos elementos pilares, classificações conhecidas como "fisiopatológicas"3,4,8. Quando as soluções relacionam a biologia com aspectos mecânicos, denominam-se "biomecânicas"35. Finalmente, classificações conhecidas simplesmente como "mecânicas" visam exclusivamente à abordagem dos eixos de rotação que os aparelhos protéticos podem apresentar em relação ao arco14.

Já em 1936, GUEFF34 referia-se à necessidade urgente de uma classificação universal quando discutia próteses parciais. Exatamente essa desordem induziu às tentativas da criação de novas classificações, o que não facilitou a resolução do problema. Seria importante observar que, no passado, em função da prevalência de conceitos basicamente mecânicos, o sistema classificatório foi concebido com o intuito de orientar o planejamento, fundamental para o tratamento protético. Em função da evolução dos conhecimentos de morfologia, fisiologia e fisiopatologia, tornou-se impossível uma classificação isolada para o tratamento definitivo com as PPRs.

A importância da escola americana e os aspectos funcionais e topográficos (1920-1930)

A escola americana, menos esquematizada que a européia, causou grande impacto com a proposta de CUMMER15, em 1921, para comprovar a estabilidade da PPR, através da localização de seus eixos de rotação e da conseqüente posição ideal de seus pontos de retenção indireta. Nada, porém, foi enfocado sobre a capacidade de trabalho do aparelho, apresentando um erro fundamental de conceituação quando na sua Classe III ou unilateral dispensa a utilização de retentores indiretos. Sabemos que esse tipo de prótese se encontra sob a ação de vetores de instabilidade laterais, necessitando maior estabilização através da extensão da mesma em direção ao outro lado do arco43. APPLEGATE1,4 (1957, 1960), frente a isso, não a considerou aplicável ao arco parcialmente edentado, embora, com um pouco de imaginação, podemos utilizar o aspecto puramente mecânico dessa sistematização como um excelente meio de orientação da posição dos eixos de rotação que se ligam aos dentes pilares e sua relação com os retentores indiretos.

Em 1922, CUMMER14 procurou relacionar superfícies mastigatórias (naturais e artificiais) com os elementos de suporte, relação essa expressa por um índice matemático, que chamaríamos "Índice de carga". Quanto maior o número de dentes ausentes, maior seria a incidência de forças sobre os dentes suportes, não indicando necessariamente a condição de esses elementos sustentarem possíveis cargas, pois somente o diagnóstico poderia caracterizar as condições de um dente suporte e, não, a fórmula matemática.

A classificação topográfica mais antiga, proposta por KENNEDY38, em 1925, constitui-se num método de visualização da área edentada sem considerar outros fatores que poderiam influir na construção da prótese. É a mais simples, conhecida e utilizada, tanto em seu país de origem, como na Europa e América do Sul. Apesar de ser racional e do mérito de ter sido uma das primeiras classificações, perde parte do seu valor em relação à orientação do planejamento ao não se referir às condições biomecânicas emergentes e ao valor qualitativo dos suportes. Podemos afirmar que o aspecto topográfico de per si não satisfaz a caracterização do arco parcialmente edentado no que se refere ao planejamento; entretanto, sendo de fácil aprendizado e memorização, é muito utilizado.

A importância da escola européia e os aspectos biomecânicos e de transmissãode carga mastigatória (1916-1939)

Na década de vinte, a escola européia, principalmente a alemã, sentindo a importância de se estabelecer um sistema de classificações, dedicou-se febrilmente a essa tarefa. Em 1927, RUMPEL58 apresentou sua famosa classificação, não se preocupando com a situação do rebordo remanescente e referindo-se mais à forma de transmissão dos esforços mastigatórios.

Os princípios que inspiraram essa classificação não são originais, pois basearam-se nas observações de RIECHELMANN54 (1920), que dividia as próteses, segundo a característica de transmissão da pressão mastigatória, em cargas "suportadas" pela fibromucosa ou, nas palavras do próprio autor, pelas "raízes" e cargas de "suporte" misto, que atuariam sobre a fibromucosa e as raízes concomitantemente. Embora RUMPEL58 (1937) tenha apresentado uma sistematização bastante difundida na época, inclusive com o mérito de ter servido nominalmente de base para diversas outras classificações, nada mais fez do que utilizar termos diferentes, como "afisiológica", "fisiológica" e "semifisiológica", para indicar os mesmos aspectos propostos por RIECHELMANN54. A crítica que podemos fazer a essas classificações é que a transmissão dos esforços mastigatórios recai sobre o osso e não sobre a fibromucosa, a qual se constitui apenas o seu meio de transmissão. O mesmo se aplica aos dentes, os quais, através do seu sistema de sustentação, transmitem as cargas ao osso e, em ambos os casos, portanto, a pressão não é "suportada" pela fibromucosa ou pelos elementos dentais, mas sim pelo osso alveolar.

Outros aspectos discutíveis são os termos "fisiológica" e "afisiológica". Por mais perfeita que seja a atuação da prótese, jamais poderá equivaler anátomo-fisiologicamente à parte que substitui. Por outro lado, uma Prótese Parcial Removível de apoio exclusivamente fibromucoso foge a qualquer princípio básico de construção de um aparelho removível, podendo apenas ser concebido como provisório para pacientes de baixíssimo poder aquisitivo, não sendo aceita sua inclusão em qualquer tipo de sistematização.

A classificação de MÜLLER50 (1937) é simples e introduz o termo "prótese intercalar", que é mais elucidativo do que a chamada "Classe III de Kennedy", dando uma conotação mais significativa para os arcos desse tipo. A classificação tem características muito mais topográficas, podendo ser comparada à de KENNEDY38 (1925). O termo "intercalar", sob o ponto de vista de planejamento, deixa muito a desejar, uma vez que não é suficientemente explícito, pois o espaço edentado, nesse caso, poderá apresentar ausência de um, dois, três ou mais elementos, fator fundamental no planejamento, pois, dependendo do número desses elementos, a prótese poderá ter sua concepção alterada.

Outro aspecto discutível em relação à classificação de MÜLLER50 (1937) refere-se ao termo "prótese de alavanca" que utiliza para a sua Classe II. Sabemos que a ação de alavanca não é exclusiva de um determinado tipo de prótese, como aquelas com ausência de pilares posteriores. As chamadas "próteses intercalares" ou "Classe I" podem também atuar através da ação de alavancas anteriores, e isso se dá quando seus pilares, em vez de se unirem através de uma reta, estariam ligados através de um arco. O termo "prótese de alavanca", além de nos dar uma noção topográfica, apresenta um significado funcional, conotando um fator que é exatamente aquele que tentamos eliminar ao planejar uma prótese, isto é, a ação de alavanca.

Outras classificações25,61 nada mais representaram do que aquela proposta por RUMPEL58, em 1927, com alterações puras e simples de terminologia.

GEIER25 (1933) acreditava que os resultados práticos de uma classificação que unisse os pontos de vista de KENNEDY38 (1925) e de SCHNUR61 (1937) poderiam satisfazer as esperanças dos que procuravam uma solução para o problema. Posteriormente, abandonou esse propósito, passando a reconhecer apenas duas classes de próteses, aquelas em que a pressão mastigatória se transmitisse unicamente aos dentes e aquelas através das quais a pressão mastigatória se transmitisse ao processo alveolar e à mucosa24,26, corroborando os conceitos de RUMPEL58 (1937).

WILD69, em 1933, fez a distinção entre suporte dental e mucoso, caindo no mesmo tipo de classificação topográfica anteriormente apresentada por MÜLLER50 (1937), variando a ordem das classes e mudando a terminologia. Referindo-se ao rebordo remanescente, utiliza o termo "arcos interrompidos", "encurtados" ou a combinação de ambos. Embora essa classificação tenha características topográficas, ao levar em consideração os "complexos da superfície mastigatória produzidos", ou seja, "encurtados" ou "interrompidos", mostra sua preocupação com aspectos biomecânicos, sem, no entanto, ter tido a felicidade de expressá-los de forma clara.

A substituição do termo "prótese de alavanca", introduzido por MÜLLER50 (1937), por "prótese de extremo livre", bem mais feliz que o anterior, é plenamente empregada nos dias atuais por sua clareza16. Nesse mesmo ano, FRITSH22 (1935) propõe outra terminologia para a classificação de RUMPEL58 (1937), alterando o termo "prótese fisiológica" para "prótese periodontossuportada", "prótese afisiológica" para "prótese mucossuportada" e "semifisiológica" para "mucosoperiodontossuportada". Essa nomenclatura é mais clara do que a de RUMPEL58 (1937), embora modernamente se utilizem mais os termos "dentossuportado" e "mucosodentossuportado".

BALTERS7, em 1935, procurou basear sua classificação também na forma de transmissão da pressão mastigatória, emitindo conceitos da chamada "prótese de placa", sem grampos, com o que, em absoluto, podemos concordar. Em relação à Classe II, chamada pelo autor de "prótese com grampos retida pelos dentes", comete um erro flagrante de redundância, que pode levar os estudiosos do assunto a acreditarem que o autor desconhece os princípios que regem a retenção das Próteses Parciais Removíveis. Também, o uso que o autor faz do termo "prótese apoiada" ("Gestütze") é obscuro e nada esclarece sobre o significado atribuído a esse termo.

A classificação proposta por MÜLLER49 (1936) é na verdade semelhante à de RUMPEL58 (1937), com alterações apenas na terminologia. Concordamos parcialmente com as suas definições às duas primeiras classes estabelecidas. Discordamos, porém, quando estende o conceito de férula a todos os dentes remanescentes, pois sabemos que, eventualmente, dentes isolados da prótese, principalmente quando situados simetricamente em ambos os lados do arco, podem cooperar no conjunto durante a função mastigatória sem que sejam obrigados a fazer parte da férula.

Nesse mesmo ano, HISEKORN35 (1937) repete a classificação de RUMPEL58 (1937) utilizando termos diferentes e, a nosso ver, totalmente inadequados. Assim, além de utilizar o conceito de "prótese apoiada", que condenamos, cria de maneira inadequada para a sua Classe III o termo "prótese sem apoio" equivalente a "afisiológica" de RUMPEL58 (1937) e a "mucosossuportada" de FRITSH22 (1935), pois, sob o aspecto conceitual, é condenável um aparelho parcial removível sem algum tipo de apoio dental.

BONYHARD11, em 1936, acreditou que, unindo os conceitos de "ação por rendimento" e "topográficos", procurando colocá-los em um sistema de coordenadas, criaria uma condição em que a valorização protética seria representada por expressão biológica e possivelmente também matemática. Infelizmente, porém, sua propositura falha quando esquece que, para criar uma expressão matemática ou biológica, necessitaria levar em consideração fatores muito mais amplos do que aqueles pretendidos, qual seja a quantidade de osso cervical remanescente ou perdido, como critério de aproveitamento de determinado dente como suporte permanente.

Em 1937, RUMPEL57,59 apresentou nova classificação baseada em princípios diferentes da anterior58, com fundamentação teórica criticável. Assim, os termos "prótese escorada" e "prótese apoiada" usados pelo autor são expressões pouco claras e não devem fazer parte de qualquer conceito relacionado com prótese parcial. A própria definição dada por RUMPEL57,59 para "prótese apoiada", chamando-a de prótese de alavanca articulada ou elástica, já é falha pelo conceito de alavanca que utiliza. A situação começa a tornar-se mais confusa quando outros autores procuram estabelecer seus conceitos sobre qual o significado desses termos. Para ELBRECHT16 (1935) e MEYER47 (1937), o exemplo típico de prótese "dentomucosossuportada" é a prótese "escorada" ("Abgestützte Prothese") e a prótese "apoiada" ("Gestützte Prothese"), reconhecidas, respectivamente, pelos apoios oclusais e apoios fixos aos dentes e às raízes.

Em 1937, encerrava-se o ciclo alemão das classificações dos arcos parcialmente edentados. A essa escola, rica na discussão de conceitos teóricos, deve-se fazer a devida justiça reconhecendo seus esforços.

MARTIN46 (1939), através de um trabalho bem fundamentado, propõe um sistema de classificação tentando basear-se em fatores anátomo-topográficos, mas que, na realidade, referem-se mais ao aspecto das indicações do tipo de prótese a ser utilizada. Excelente sob o ponto de vista de indicações e contra-indicações, nada acrescenta, porém, que o relacione com o planejamento da prótese removível propriamente dita. Assemelha-se claramente à classificação de KENNEDY38, diferenciando-se apenas no que diz respeito à nomenclatura.

A importância das bases fisiopatológicasdas classificações

Em 1928, BAILYN8 estabeleceu um sistema de classificação baseado em conceitos importantes aplicáveis à atualidade, procurando restabelecer a função normal do aparelho mastigatório. Isso não será conseguido a não ser que sejam empregados procedimentos definidos, não só no aspecto mecânico da construção do aparelho, mas também no modo de encarar cada problema individualmente. Nessa fase inicial, consideramos de vital importância um exame clínico cuidadoso, que nos dará uma idéia geral das condições dos tecidos, assim como de sua espessura, forma e compressibilidade da mucosa, um exame radiográfico da boca, que nos dará as condições dos elementos dentários e de suas raízes, revelando a existência de qualquer alteração periodontal ou periapical, e modelos de estudo que nos permitirão estudar a oclusão em detalhes e sua relação com o planejamento a ser aplicado. Seria interessante lembrar que, nos casos de Próteses Parciais Removíveis, algo mais é necessário, como, por exemplo, definir a classificação dos vários tipos de casos, baseando-se em princípios definidos frente a duas condições a serem consideradas: 1) a diferença na característica dos dois tipos de suporte, dentes e tecidos moles e 2) a direção das forças mastigatórias transmitidas à Prótese Parcial Removível27,28. Embora reconheçamos a importância dos conceitos emitidos pelo autor, sua classificação é de difícil assimilação, sendo praticamente nula a sua aplicabilidade.

NEUROHR52 (1939) dedicou um capítulo inteiro às classificações e, embora acreditando simplificar o problema, os padrões propostos são os mais complexos dentre os que avaliamos. No conteúdo geral, assemelham-se aos topográficos, apresentando apenas uma característica importante, o tamanho da região edentada.

MAUK45 (1942) procurou selecionar um número aproximado de mil modelos de estudo, agrupando-os em classes e eliminando das mesmas aqueles que apresentassem casos:

a. infreqüentes;
b. em que não são indicadas PPRs devido ao pequeno número de dentes remanescentes para uma retenção adequada;
c. em que a remoção de um número considerável de elementos se torna iminente devido a problemas de destruição periodontal;
d. em que a prótese fixa seria obviamente a forma mais adequada de tratamento. Essa classificação pode ser perfeitamente enquadrada na de KENNEDY38 com suas respectivas modificações.

As classificações "acadêmicas"e as tendências para o futuro

Em 1951, GODFREY33 propôs um sistema de classificação baseado na relação entre o tipo de apoio para as selas e o número de dentes ausentes. Analisando essa proposta, consideramos que, para espaços posteriores com a ausência de quatro elementos seqüentes, a divisão de carga mastigatória entre dentes e mucosa pode aliviar bastante a carga mecânica sobre os elementos dentais. O mesmo diríamos em relação à região anterior, quando esta apresenta ausência de mais de quatro elementos, inclusive um ou ambos os caninos, não só pela importância desse dente como retentor, mas pela sobrecarga que a sua ausência representaria para os demais elementos. Essa classificação é semelhante à proposta por FRITSCH22 (1935), quando utiliza os termos "dentossuportadas" e "dentomucosossuportadas".

FRIEDMAN20 (1954) baseou-se nas diferentes funções dos segmentos anatômicos do arco dental, ou seja, relações incisivas com respeito à sobreposição vertical e horizontal, função "incisal" estética e fonética do segmento anterior e função mastigatória do segmento posterior. O conceito de que a ação das forças que atuam sobre uma Prótese Parcial Removível quando um pilar posterior se encontra presente é diferente da sua ação sobre uma área de extremidade livre devido às variâncias significativas das cargas mastigatórias nas duas circunstâncias é perfeitamente reconhecido pelo autor, que, por essa razão, divide a região posterior em dois segmentos básicos: 1) B - espaço posterior limitado ("bounded posterior space"), 2) C - espaço de suporte ("cantilever space"). Essa análise do suporte posterior é inteiramente correta, sendo, no entanto, preciso observar que as mesmas considerações podem ser feitas em relação ao segmento anterior. A variação da forma de alcançar a aplicação das forças sobre os pilares e, não, a sua diferente posição é que se constitui no fator crítico envolvido. Essa classificação pode ser suprida inteiramente pela de KENNEDY38 (1925).

Baseando-se nos conceitos propostos por BAYLIN8 (1928), BECKETT10 (1953) procurou analisar os fatores fisiológicos essencialmente ligados aos mecanismos da mastigação e a conseqüente reação biológica e fisiológica dos elementos de suporte (dentes, periodonto, osso e mucosa) aos esforços oclusais ocasionados pela utilização de uma PPR. Concordamos plenamente com o autor quando sublinha a importância da região situada entre o segundo pré-molar e o segundo molar como sendo aquela sobre a qual a ação das forças musculares apresenta o melhor desempenho. Isso porque, ao considerarmos o pequeno volume do côndilo da articulação temporomandibular, veremos que este é desproporcional em relação à potência da musculatura mastigatória. A ATM funciona como uma alavanca de terceiro grau, por meio da qual os músculos masseter e pterigóideo interno exercem uma pressão direta, enquanto as fibras posteriores do temporal produzem uma rotação da mandíbula, aliviando toda a sobrecarga. Isso implica a existência de um mecanismo de proteção, em que, na distribuição das forças que atuam sobre o arco, a maior pressão recai sobre a região compreendida entre o segundo pré-molar e o segundo molar, área essencialmente mastigatória.

TERKLA; LANEY67 (1953) e WILSON70 (1957) descrevem a classificação proposta por SWENSON64 (1953). Esse autor tenta melhorar, sob o aspecto de memorização, a sistematização de KENNEDY38 (1925) através da individualização das áreas edentadas que constituem as modificações das classes básicas, valendo-se das letras A (anterior) e P (posterior) e de suas respectivas combinações. A proposição do autor poderia ser utilizada como alternativa em relação à classificação topográfica de KENNEDY38 (1925), pois, sob o aspecto descritivo, caracteriza mais facilmente a posição dos espaços edentados.

Uma das sistematizações mais confusas foi a proposta por AUSTIN; LIDGE5 (1957). Embora utilizando as designações A (anterior) e P (posterior), dividindo o arco em duas secções, esquerda e direita, os autores introduzem novamente o conceito equivocado de prótese unilateral isolada, uma vez que todas as PPRs devem ser bilaterais, mesmo nos casos em que o lado oposto ao espaço protético apresente todos os elementos dentais.

RUOT56 (1968) procurou unir os conceitos de MARTIN46 (1939) e BECKETT10 (1953) acreditando com isso obter uma classificação ideal. Sua intenção não é original, pois BONYHARD11 (1936), através do seu sistema de coordenadas, já tentara criar um tipo semelhante de classificação. O autor obteria maior sucesso se, ao invés de utilizar como um dos componentes de sua classificação as idéias de MARTIN46 (1939), utilizasse, por exemplo, a sistematização topográfica de KENNEDY38 (1925). Em última análise, podemos dizer que essa classificação é confusa, de pouca memorização.

SKINNER63, em 1959, ao basear sua classificação nos aspectos morfológicos e fisiológicos de cada arco, observou que a capacidade de atuação final de qualquer prótese parcial baseava-se, em grau máximo, na coordenação entre seus elementos de apoio e o suporte alveolar residual. Concordamos plenamente com o autor, pois acreditamos que, em função das possíveis combinações entre dentes presentes e ausentes e com um número grande de probabilidades de áreas edentadas diferentes, as classificações com características topográficas são pouco elucidativas, levando-nos a concluir que os princípios anatomofisiológicos é que são importantes, porque envolvem aspectos de planejamento para a construção de qualquer prótese parcial. Devemos observar que a condição dos dentes remanescentes é mais importante para a construção de uma PPR do que o número de dentes ausentes.

Essas características tornam bastante interessante o sistema de classificação proposto por APPLEGATE4, em 1960, que se baseia na capacidade de os dentes limítrofes ao espaço edentado e suas estruturas de suporte suprirem as necessidades de apoio para uma determinada prótese parcial. O autor procura dar um sentido à sua classificação segundo princípios de planejamento que orientam a confecção da prótese.

A sistematização proposta por AVANT6, em 1966, nada apresenta de importante, sendo bastante confusa. É semelhante à de KENNEDY38 (1925), tipo topográfica. O autor utiliza os mesmos artifícios de SWENSON; TERKLA65 (1955), ou seja, as letras A (anterior) e P (posterior) quantas vezes se fizerem necessárias para caracterizar os espaços edentados que se associam às classes básicas, nada mais representando do que as modificações de KENNEDY38 (1925).

A escola romênia de Estomatologia, através de COSTA13 (1974), apresentou um sistema puramente descritivo para a identificação de arcos parcialmente edentados. O sistema não leva em consideração qualquer fator biológico, mecânico ou anatômico para sua utilização, não discutindo planejamento.

A importância da relação entre classificação e planejamento pode ser percebida nos trabalhos de FRANTZ18,19 (1973, 1975), que mostram ser necessário o incremento do ensino das sistematizações associando-as a fatores biológicos relacionados com o planejamento. A utilização de sistemas de classificação para análises oclusais, registros intermaxilares, técnicas para montagem em articulador e inúmeros outros aspectos relacionados com as PPRs tem se tornado rotina28,29,36,39,44. Sua utilização no âmbito de pesquisas clínicas relacionadas com arcos parcialmente edentados e distúrbios craniomandibulares vem crescendo nos últimos anos30,31,32,36,51,71.

A análise das classificações expostas, incluindo aquelas que apresentam fundamento biomecânico, nos permite afirmar que, em realidade, são elementos limitados de diagnóstico, constituindo-se, porém, num excelente meio indicativo das características da prótese a ser construída, adquirindo, nesse aspecto, o seu verdadeiro valor no âmbito de planejamento. Julgamos bastante lógica a importância da trilogia representada por diagnóstico, classificação e prognóstico, condições que poderão influenciar a melhor escolha do tipo de prótese a ser indicada1,68.

A condição do potencial de cada elemento suporte deve estar relacionada com o comprimento da área edentada, a qualidade e a posição relativa desse suporte e a estimativa das forças aplicadas pelo sistema mastigatório, como fatores para se estabelecer o plano de tratamento protético. Uma classificação ideal seria aquela que contivesse todos esses elementos acrescidos de clareza e facilidade de memorização, fatores que reconhecemos difíceis de serem obtidos conjuntamente.

Grande parte das classificações estudadas faz abstração da fisiologia e biologia dos tecidos bucais, porque são essas as variáveis mais difíceis de serem interpretadas. Devemos ressaltar que a menção pura e simples da topografia não é suficiente para caracterizar um arco parcialmente edentado, pois a moderna prática no campo das ciências médico-odontológicas demanda um diagnóstico detalhado baseado em todos os possíveis fatores de avaliação.

Fugiria ao nosso escopo apresentar qualquer nova classificação. Acreditamos, porém, que, no futuro, as únicas que permanecerão serão as que nos permitirão ter uma visão nítida do aspecto bio-fisio-mecânico dos arcos parcialmente edentados e que serão as responsáveis pelo ordenamento dos casos, orientando o tratamento através de um sentido prático, como também de fundamentos lógicos.

 

CONCLUSÕES

Após a análise da literatura, concluímos que:

1. Nenhuma das classificações apresentadas e estudadas, quando aplicadas isoladamente, é plenamente satisfatória.

2. As classificações se constituem num auxiliar valioso aos estudantes em relação ao planejamento dos trabalhos protéticos.

3. Sob o ponto de vista didático, seria sempre conveniente ensinar ao aluno que aplique simultaneamente, no mínimo, três classificações: uma topográfica, outra com bases mecânico-funcionais e uma terceira fundamentada em características de transmissão de cargas.

4. A sistematização é fundamental quanto a apresentação, discussão, técnica de montagem em articulador e elaboração de pesquisas no âmbito da Prótese Parcial Removível.

 

 

GIL, C. Comparative evaluation of systems for classifying partially edentulous arches: an eighty-year critical review. Rev Odontol Univ São Paulo, v.12, n.1, p.65-74, jan./mar. 1998.

Up to the present day a great amount of classification methods for partially edentulous arches have been proposed and are being used. The literature reviewed reveals substantial discussion and controversy. There is a great deal of confusion in relation to the gradual variation between dental and fibromucous support, represented by the edentulous and remaining teeth regions, the anatomical and topographical factors, and the position of the direct and indirect retainers. In an attempt to clarify the current understanding of these problems, the present review presents a critical discussion analyzing and evaluating all classification systems comparatively. We concluded that, at this time, a completely satisfactory classification system is not available. The use of classification systems in dental schools must be fostered to help students to understand the several approaches to the treatment plan. On the other hand, classifications associated with biological knowledge have enriched dental sciences and Removable Partial Denture (RPD) as well. Methodological considerations involving RPD classifications are, thus, important for discussion, assessment, design, and research purposes.

UNITERMS: Removable partial denture; Removable partial denture * classification; Partially edentulous arches.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. APPLEGATE, O. C. Conditions which may influence the choice of partial or complete denture service. J Prosthet Dent, v.7, n.2, p.182-196, Mar. 1957.         [ Links ]

2. APPLEGATE, O. C. Essentials of removable partial denture prosthesis. 3. ed. Philadelphia: Saunders, 1965. p.9.         [ Links ]

3. APPLEGATE, O. C. The interdependence of periodontics and removable partial denture prosthesis. J Prosthet Dent, v.8, n.2, p.269-281, Mar. 1958.         [ Links ]

4. APPLEGATE, O. C. The rationale of partial denture choice. J Prosthet Dent, v.10, n.5, p.891-907, Sept./Oct. 1960.         [ Links ]

5. AUSTIN, K.; LIDGE, E. Partial dentures. St Louis: Mosby, 1957. 1v.         [ Links ]

6. AVANT, W. E. A universal classification for removable partial denture situations. J Prosthet Dent, v.16, n.3, p.533-539, May/June 1966.         [ Links ]

7. BALTERS, K. Theori end Praxis der totalen und partiellen Prothese. Leipzig, 1935. apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.         [ Links ]

8. BAILYN, C. M. Tissue support in partial denture construction. Dent Cosmos, v.70, n.10, p.988-997, Oct. 1928.         [ Links ]

9. BEAUDREAU, D. E. Evaluation of abutment teeth. Dent Clin North Am, v.13, n.4, p.845-855, Oct. 1969.         [ Links ]

10. BECKETT, L. S. The influence of saddle classification on the design of partial removable restorations. J Prosthet Dent, v.3, n.4, p.506-516, July 1953.         [ Links ]

11. BONYHÁRD, B. Die Indikationsstellung fürdie partielle Prothese. Wien: Urban und Schwarzenberg, 1936. p.23-35.         [ Links ]

12. BOUCHER, C. O. Through the eyes, of the editor. J Prosthet Dent, v.24, n.1, p.1-3, July 1970.         [ Links ]

13. COSTA, E. A. A simplified system for identifying partially edentulous dental arches. J Prosthet Dent, v.32, n.6, p.639-645, Dec. 1974.         [ Links ]

14. CUMMER, W. E. An outline of the theory and practice of partial denture service. J Am Dent Assoc, v.9, n.9, p.735-754, Sept.1922.         [ Links ]

15. CUMMER, W. E. Possible combinations of the present and missing in partial restorations. Dent Summary, v.41, n.2, p.156-166, Feb. 1921.         [ Links ]

16. ELBRECHT, A. Der Konstructive Aufbau des partiellen Zahnersatzes. Dtsch Zahnarztl Wschr, v.38, n.46, p.1091-1093, Nov. 1935.         [ Links ]

17. FOLDVARI, I.; HUSZAR, G. A Togpótlás Technologiája. 2. ed. Budapest: [s. n.], 1965. p.250-253.         [ Links ]

18. FRANTZ, W. R. Variability in dentist's designs of a removable maxillary partial denture. J Prosthet Dent, v.29, n.2, p.172-182, Feb. 1973.         [ Links ]

19. FRANTZ, W. R. Variations in a removable maxillary partial design by dentist. J Prosthet Dent, v.34, n.6, p.625-633, Dec. 1975.         [ Links ]

20. FRIEDMAN, J. Abutment sites and spaces in partial denture case analysis. J Prosthet Dent, v.4, n.6, p.803-812, Nov.1954.         [ Links ]

21. FRIEDMAN, J. The ABC classification of partial denture segments. J Prosthet Dent, v.3, n.4, p.517-524, July 1953.         [ Links ]

22. FRITSCH, C. Ausgewahlte kapitel aus der partiellen Prothetik unter besonderer Berücksichtingung des tiefen Bisses. Dtsch Zahnarztl Wschr, v.38, n.42, p.942-947, Okt. 1935.         [ Links ]

23. GAVRILOV, E. I.; OKSMAN, I. M. Odontopedicheskaia Stomatologu Moscow, 1968. apud COSTA, E. A. A simplified system for identifying partially edentulous dental arches. J Prosthet Dent, v.32, n.6, p.639-645, Dec. 1974.         [ Links ]

24. GEIER, W. Zum gegenwärtigen Stand der Prothetik. Dtsch Zahnarztl Wschr, v.38, n.42, p.1007-1010, Okt. 1935.         [ Links ]

25. GEIER, W. Platten prothese. Dtsch Zahnärztel Wschr, v.36, n.37, p.884-886, Sept. 1933.         [ Links ]

26. GEIER, W. Die Prothetik von heute. Zahnarztl Rdsch, v.46, n.37, p.1894, Okt. 1934.         [ Links ]

27. GIL, C. Estudo comparativo das diversas classificações dos arcos parcialmente edentados. São Paulo, 1979. 110p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo.         [ Links ]

28. GIL, C.; ZANETTI, A. L. Prevalência da sensibilidade dolorosa muscular e na ATM em pacientes portadores de prótese parcial removível (PPR): uma avaliação clínica baseada no sistema de classificação de Kennedy. RPG, v.4, n.1, p.20-27, jan./fev./mar. 1997.         [ Links ]

29. GIL, C.; TODESCAN, R. Sintomatologia dolorosa miofascial e da articulação temporomandibular (ATM) em pacientes portadores de prótese parcial removível, em função do grupo etário e sexo. Rev Fac Odontol FZL, v.3, n.2, p.71-76, jul./dez. 1990.         [ Links ]

30. GIL, C. Avaliação da severidade dos sinais e sintomas das desordens craniomandibulares (DCM) de hemiarcos de pacientes edentados unilaterais (classe II de Kennedy) portadores e não portadores de prótese parcial removível (PPR). Rev Odontol Univ São Paulo, v.9, n.2, p.137-144, abr./jun. 1995.         [ Links ]

31. GIL, C.; TODESCAN, R. Prevalência de sensibilidade dolorosa à palpação na região da articulação temporomandibular (ATM) e desordens craniomandibulares (DCM) entre pacientes portadores e não portadores de prótese parcial removível (PPR). Rev Odontol Univ São Paulo, v.9, n.3, p.161-166, jul./set. 1995.        [ Links ]

32. GIL, C. Sinais e sintomas de Desordens Temporomandibulares (DTM) em pacientes edentados parciais unilaterais: uma avaliação clínica por meio do índice de disfunção (ID). Rev Odontol Univ São Paulo, v.10, n.2, p.85-93, abr./jun.1996.        [ Links ]

33. GODFREY, R. J. A classification of removable partial denture. J Am Coll Dent, v.18, n.1, p.5-13, Mar. 1951.         [ Links ]

34. GUEFT, A. Transmission of stress in partial denture prosthesis. Dent Items Interest, v.58, n.9, p.804-821, Sept. 1936.        [ Links ]

35. HISEKORN, C. Systematik und Aufbau der modernen Prothese. Korrespbl D Zahnarztl, 1936. p.5-6 apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

36. IKEDA, S.; KUWASHIMA, S. Statistical investigation of lower distal free-end dentures design used by general practitioners in Japan. J Nihon Univ School Dent, v.34, n.1, p.1-7, 1992.        [ Links ]

37. KENNEDY, E. A consideration of a denture design with special reference to the avoidance of pressure against and irritation of the soft structures. Dent Items Interest, v.50, n.9, p.728-738, Sept. 1928.        [ Links ]

38. KENNEDY, E. Partial denture construction. Dent Items Interest, v.47, n.1, p.23-35, Jan. 1925.         [ Links ]

39. LUNDQÜIST, D. O.; FIEBIGER, G. E. Registrations for relating the mandibular cast to the maxillary cast based on KENNEDY's classification system. J Prosthet Dent, v.35, n.4, p.371-375, Apr. 1976.        [ Links ]

40. McCOLLUM, B. B. Factors that make mouth and teeth a vital organ. J Am Dent Assoc, v.14, n.7, p.1261-1263, July 1927.        [ Links ]

41. McCOLLUM, B. B. Medical and dental relations. J Am Dent Assoc. v.22, n.11, p.1848-1849, Nov. 1935.        [ Links ]

42. McCRACKEN, W. L. Partial denture construction. 2. ed. St. Louis: Mosby, 1964. p.73-75.        [ Links ]

43. McDOWELL, C. G. Force transmission by indirect retainers during unilateral loading. J Prosthet Dent, v.39, n.6, p.616-621, June 1978.        [ Links ]

44. MÄHÖNEN, K. T.; VIRTANEN, K. K. Occlusion and craniomandibular function among patients treated with removable partial dentures. J Oral Rehabil, v.21, n.3, p.233-240, May 1994.        [ Links ]

45. MAUK, E. H. Classification of mutilated dental arches requiring treatment by removable partial dentures. J Am Dent Assoc, v.29, n.19, p.2121-2131, Dec. 1942.        [ Links ]

46. MARTIN, A. J. Note sur la classification des édentés. Rev Stomat (Paris), v.41, n.1, p.18-35, Jan. 1939.        [ Links ]

47. MEYER, M. Die gestützte Prothese. Zahnärztl Rdsch, n.51, p.517, 1935 apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Sistematil der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

48. MILLER, E. C. Systems for classifying partially dentulous arches. J Prosthet Dent, v.24, n.1, p.25-40, July 1970.        [ Links ]

49. MÜLLER, B. Abnehmbare Partielle Zahnprothesen. Berlin: Schwarzenberg, 1936. v.1, p.7.         [ Links ]

50. MÜLLER, M. Prinzipien für die Afertigung der modernem partiellen Prothese. Zahnärztl Rdsch, v.27, p.1161, 1930         [ Links ] apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.

51. NAIRM, R. I. The problem of free-end denture bases. J Prosthet Dent, v.16, n.13, p.522-532, May/June 1966.

52. NEUROHR, F. Partial dentures: a system of functional-restoration. Philadelphia: Lea & Febiger, 1939. p.18-25.

53. REBOSSIO, A. D. Protesis parcial removible. Buenos Aires: Mundi, 1955. p.117-118.

54. RIECHELMANN, B. Zur systematischen prothetik. Berlin, 1920 apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

55. RIGOLET, R. Prothéses partielles métalliques ramovibles. Actualités Odonto-Stomat, v.9, n.30, p.145-249, Juin 1955.        [ Links ]

56. ROUOT, J. Prothese dentaire squelettique. 2. ed. Paris: Masson, 1968. p.73-81.        [ Links ]

57. RUMPEL, C. Die Indicationstellung für die partielle Prothese nach Dr. Bela Bonyhárd. Zahnärztl Rdsch, v.25, p.1095, 1937 apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

58. RUMPEL, C. Klinik der zahnärztlichen Prothese. Vjschr Zahnheik, v.1, n.177, p.538, 1927 apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

59. RUMPEL, C. Die Prothetil von heute. Zahnärztl Rdsch, v.11, p.437, 1935 apud SALOMON, B.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

60. SALOMON, H.; BONYHÁRD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

61. SCHNUR, O. Metalltragplattenkonstruction der Zahnprothese. Berlin, 1930 apud SALOMON, H.; BONYHARD, B. Zur Systematik der abnehmbaren partiellen Prothese. Z Stomat, v.35, n.15, p.975-985, Aug. 1937.        [ Links ]

62. SCHRÖDER, K. Die Prothetik von heut. Zahnarztl Rdsch, v.1, n.13, p.517-518, Okt. 1935.        [ Links ]

63. SKINNER, C. N. A classification of removable partial dentures based upon the principles of anatomy and physiology. J Prosthet Dent, v.9, n.2, p.240-246, Mar./Apr. 1959.         [ Links ]

64. SWENSON, G. apud TERKLA, G. L.; LANEY, W. R. Partial denture. 3. ed. St. Louis: Mosby, 1953. p.40-50.         [ Links ]

65. SWENSON, G.; TERKLA, L. G. Partial denture. St. Louis: Mosby, 1955. p.223.         [ Links ]

66. TABERLET, R. La prothése intercalée supérieure. Schwaiz Mschr Zahnheilk, v.55, n.3, p.193-230, Mar. 1945.          [ Links ]

67. TERKLA, G. L.; LANEY, W. R. Partial denture. 3. ed. St. Louis: Mosby, 1953. p.40-50.         [ Links ]

68. TRAPPOZANO, V. R.; WINTER, G. R. Periodontal aspects of partial denture design. J Prosthet Dent, v.2, n.1, p.101-107, Jan. 1952.         [ Links ]

69. WILD, W. Statik und biostatik bei der konstruktion partieller prothesis. Dtsch Z Wschr, v.33, n.48, p.1131-1143, Nov. 1933.         [ Links ]

70. WILSON, J. H. Partial denture. Philadelphia: Lea & Febiger, 1957. p.77-95.

71. WITTER, D. J. et al. Signs and symptoms of mandibular dysfunction in shortened dental arches. J Oral Rehabil, v.15, n.5, p.413-420, Sept. 1988.         [ Links ]

 

Recebido para publicação em 16/12/96
Aceito para publicação em 10/10

 

 

* Professor Associado da disciplina de Prótese Parcial Removível da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo