It is the cache of ${baseHref}. It is a snapshot of the page. The current page could have changed in the meantime.
Tip: To quickly find your search term on this page, press Ctrl+F or ⌘-F (Mac) and use the find bar.

Radiologia Brasileira - Simple testicular cyst: case report and review of the literature

SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.34 issue4Multiple intracranial meningiomas in an infant: case report and review of the literatureCT of patients with right-sided colon cancer and distal ileal thickening author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Radiologia Brasileira

Print version ISSN 0100-3984

Radiol Bras vol.34 no.4 São Paulo July/Aug. 2001

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842001000400014 

Relato de Caso

CISTO SIMPLES DE TESTÍCULO - RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

 

Davi E. Lamego Rezende1

 

 

Resumo
O autor relata um achado de cisto simples no testículo de um paciente adulto durante estudo ultra-sonográfico. Faz uma revisão da literatura, sugere acompanhamento e conduta conservadora.
Unitermos: Testículo. Cisto. Cisto de testículo.

 

Simple testicular cyst - case report and review of the literature.

Abstract
The author reports a case of an adult patient with a simple testicular cyst diagnosed by ultrasound. A review of the literature is presented and a conservative treatment approach and follow-up is recommended.
Key words: Testis. Cyst. Testicular cyst.

 

 

RELATO DO CASO

Paciente de 46 anos de idade, branco, relatando dor e desconforto no testículo direito. Negava história de trauma ou processos inflamatórios.

Ao exame físico observava-se bolsa escrotal simétrica, testículos com conformação e dimensões normais. Sinais de hidrocele à direita. O testítulo esquerdo apresentava-se normal à palpação.

O estudo ultra-sonográfico foi realizado com sonda linear de alta resolução, na freqüência de 10 MHz. O exame demonstrou testículos tópicos, com forma normal e contornos regulares, pequena hidrocele (3 cm3) à direita, ausência de sinais de varicocele, epidídimos simétricos e anatômicos. No terço médio do testículo esquerdo foi observada área cística, de paredes finas, conteúdo homogêneo, medindo 6,1 × 4,3 mm (Figuras 1 e 2). A análise dopplervelocimétrica foi normal nos testículos, exceto na área cística, onde foram identificados sinais de fluxo.

 

 

 

Devido aos achados ultra-sonográficos sugestivos de benignidade e à não-palpação do cisto, orientamos o paciente para realização de controle ultra-sonográfico trimestral.

O estudo ultra-sonográfico do abdome, realizado posteriormente, não demonstrou anormalidades.

 

DISCUSSÃO

O achado de cisto simples de testículo é bastante raro. Desde o primeiro caso descrito por Schmidt(1), em 1966, poucos outros casos foram publicados. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, desde neonatos(2) até idosos(3,4).

A origem destes cistos permanece imprecisa e diversos autores têm considerado três fatores causais: a) anomalia congênita; b) trauma; c) infecção. Possivelmente, há superposição de dois ou mais fatores(3,5,6).

Sonograficamente, um cisto simples do testículo é uma imagem anecóica, localizada dentro do parênquima testicular. Tem contornos bem definidos e reforço acústico posterior. Ao estudo dopplervelocimétrico não há sinal de fluxo.

Com base nessas características, devemos excluir: a) cisto epidermóide; b) neoplasias; c) cistos da túnica albugínea; d) espermatocele; e) lesões extratesticulares; f) teratoma(7-9).

Nos casos de cistos de testículo não-neoplásicos, dois tipos devem ser diferenciados: cistos da túnica albugínea e cistos intratesticulares. A distinção entre estes dois tipos é feita, principalmente, à palpação. Ao contrário dos cistos da túnica albugínea, os cistos intratesticulares são descobertos apenas pela ultra-sonografia, não sendo palpáveis(6).

Estes cistos são geralmente solitários, embora possam ocorrer bilateralmente(6). Cistos benignos também podem ocorrer em pacientes portadores de síndromes como von Hippel-Lindau(10) e displasias císticas(11).

Neste caso descrito, a área cística não era acompanhada de outras alterações testiculares ou abdominais.

Dispondo dos recursos da ultra-sonografia de alta resolução, sugerimos seguimento trimestral e tratamento conservador, evitando enucleação ou orquiectomia(12).

 

REFERÊNCIAS

1. Schmidt SS. Congenital simple cyst of the testis: a hitherto undescribed lesion. J Urol 1966;96: 236-8.         [ Links ]

2. Slaughenhoupt B, Klauber G. Simple testicular cyst in the neonate. J Pediatr Surg 1995;30:636-7.         [ Links ]

3. Takihara H, Valvo J, Tokuhara M, Cockett AT. Intratesticular cysts. Urology 1982;20:80-2.         [ Links ]

4. Gooding GAW, Leonhardt W, Stein R. Testicular cysts: US findings. Radiology 1987;163:537-8.         [ Links ]

5. Haber MM, Cohen MB. Simple cysts of testis. Urology 1992;39:563-5.         [ Links ]

6. Hamm B, Fobbe F, Loy V. Testicular cysts: differentiation with US and clinical findings. Radiology 1988;168:19-23.         [ Links ]

7. Langer JE, Ramchandani P, Siegelman SE, Banner MP. Epidermoid cysts of the testicle: sonographic and MR imaging features. AJR 1999;173: 1295-9.         [ Links ]

8. Dmochowski RR, Rudy DC, Weitzner S, Corriere JN Jr. Simple cyst of the testis. J Urol 1989; 142:1078-81.         [ Links ]

9. Davis RS. Intratesticular spermatocele. Urology 1998;51(5A Suppl.):167-9.         [ Links ]

10. Brown JA, Segura JW. A symptomatic testicular cyst in a patient with von Hippel-Lindau disease. Urology 1996;48:494-5.         [ Links ]

11. Zaragoza MR, Buckler LB, Parikh MJ. Cystic dysplasia of the testis: an unusual cause of a pediatric scrotal mass. Urology 1996;47:244-7.         [ Links ]

12. Lam KY. Bilateral intratesticular cyst - a specific entity. Scand J Urol Nephrol 1996;30:329-31.         [ Links ]

 

 

1. Professor Assistente do Departamento de Radiodiagnóstico da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.
Endereço para correspondência: Prof. Dr. Davi E. Lamego Rezende. Av. Bernardo Monteiro, 1311. Belo Horizonte, MG, 30150-281. E-mail: patde@ig.com.br
Aceito para publicação em 25/4/2001.