Apropriação e resistência: ressignificações das políticas educacionais na prática docente - doi: 10.4025/actascieduc.v33i1.12806
Resumo
Recentemente, discutimos a reforma do Ensino Médio no interior cearense, no Nordeste brasileiro. Vimos que as políticas educacionais desde os anos de 1990 têm como marca principal a tentativa de transformar as ações governamentais em grandes consensos da sociedade. No processo de coleta de dados, especificamente na fase de entrevistas com os professores sobre a reforma, detectamos desencontro entre o que trazia a reforma e o que professores apresentavam como suas características principais. Os professores, por meio de seus relatos, apontam a imposição dos órgãos oficiais condicionando o currículo escolar. Os depoentes revelam o descompasso entre os acontecimentos em sala de aula e o discurso hegemônico apresentado pelo poder público. Assim, nosso artigo discute, por um lado, que o discurso do consenso, de clamor da sociedade pelas reformas, não encontra defesa quando partimos para dentro dos muros da escola e para dentro da sala de aula e, por outro lado, que as reformas apresentadas vêm sem os elementos necessários para a sua implementação. O professor estabelece um caminho entre a norma e a realidade, um atalho para a crítica ao discurso oficial
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