Risco soberano brasileiro, crises internacionais e fluxos de investimentos estrangeiros em carteiras de ações
Resumo
O objetivo deste artigo é descrever o comportamento do risco soberano brasileiro de 1995 a 2005, para avaliar a influência das crises financeiras internacionais sobre o risco soberano brasileiro nesse período. A influência das crises financeiras internacionais é analisada por métodos econométricos. O risco soberano pode ser modelado econometricamente mediante regressões com variáveis explicativas, tais como IBOVESPA, taxa de juros SELIC de curto prazo, reservas internacionais brasileiras, taxa de câmbio do Real em relação ao dólar americano e fluxos de investimentos estrangeiros para portfólios de ações e renda fixa. As primeiras quatro variáveis são usadas para a construção de um índice de pressão do mercado de câmbio que identifique e mensure períodos de crise financeira internacional e modele suas influências sobre o risco soberano. Outro modelo explica as mudanças no risco soberano em razão do índice de pressão do mercado de câmbio e dos fluxos de investimentos estrangeiros em portfólios de ações, obtendo bons resultados em uma projeção dinâmica sobre a variável dependente risco soberano brasileiro. Dados mensais foram usados em um teste de causalidade de Granger para identificar relações defasadas. Os resultados mostraram que as variáveis de mercado são determinadas simultaneamente, enquanto a taxa de juros SELIC reage com certa defasagem curta, o que revela que políticas monetárias reagem mais às crises financeiras do que se antecipam a elas. O teste de causalidade de Granger foi usado para dados diários e obteve o mesmo resultado.
Palavras-chave
Risco;Fluxos Internacionais de Capitais;Carteira de Investimento
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