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Revista CEFAC - Differences between vocal parameters of cochlear implanted children and children who use individual sound amplification device

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Revista CEFAC

On-line version ISSN 1982-0216

Rev. CEFAC vol.15 no.3 São Paulo May/June 2013 Epub June 11, 2013

http://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462013005000027 

Diferenças entre parâmetros vocais em crianças usuárias de implante coclear e em crianças usuárias de aparelho de amplificação sonora individual

 

Differences between vocal parameters of cochlear implanted children and children who use individual sound amplification device

 

 

Lourdes Bernadete Rocha de Souza

Fonoaudióloga; Professor Adjunto III do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN, Natal, RN, Brasil; Pós doutora em Fonoaudiologia pela USP-Bauru

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

OBJETIVO: realizar um estudo comparativo entre os parâmetros vocais freqüência fundamental, frequência do primeiro formante e frequência do segundo formante da voz de crianças usuárias de implante coclear, da voz de crianças usuárias de aparelho de amplificação sonora individual e da voz de crianças ouvintes normais.
MÉTODO: a amostra foi composta por 18 crianças (12 meninas e 6 meninos), numa faixa etária entre 5 e 7 anos (média de idade 6,3 anos). A gravação das amostras foi realizada no laboratório de voz da Clínica de Fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal. A análise acústica foi realizada utilizando-se o programa PRAAT. Os parâmetros analisados foram frequência fundamental e frequência do segundo formante da emissão da vocal [a] sustentada e frequência dos primeiro e segundo formante da vogal [a] das silabas [ka] e [pa].
RESULTADOS: com exceção do primeiro formante da vogal [a] da silaba [pa] que apresentou diferença estatisticamente significante entre os valores dos grupos de usuários de implante coclear e do grupo de ouvintes normais, os demais parâmetros apresentaram diferença estatisticamente significante entre os três grupos.
CONCLUSÃO: as crianças usuárias de implante coclear apresentaram valores acústicos próximos aos apresentados pelas crianças ouvintes normais, sendo esses valores mais adequados do que os apresentados pelas crianças usuárias de aparelho de amplificação sonora indivdual.

Descritores: Voz; Implante Coclear; Fala; Criança


ABSTRACT

PURPOSE: to conduct a comparative study of the vocal parameters in the fundamental frequency, first formant and second formant of the voice of children with cochlear implants, the voice of children using personal sound amplification device and normal hearing children.
METHOD: the sample of 18 children (12 girls and 6 boys) aged from 5 to 7 years old (average age 6,3 years).The recording of the samples was performed in the voice laboratory at the speech pathology clinic of the University of Rio Grande do Norte, Natal, ­using the PRAAT software. The analyzed parameters were fundamental frequency and second formant frequency of sustained vowel [a] emission and of first formant and second formant frequencies of vowel [a], for syllables [ka] and [pa].
RESULTS: except for the first formant of the vowel [a] of the syllable [pa] that showed a statistically significant difference among cochlear implant users and normal hearing groups, the other parameters showed statistically significant difference among the three groups.
CONCLUSION: children users of cochlear implants present acoustic values close to those of normal hearing children, these values being more adequate than those presented by the children using individual sound amplification devices.

Keywords: Voice; Cochlear Implantation; Speech; Child


 

 

INTRODUÇÃO

A audição normal fornece feedback adequado para o controle da voz e da fala. Crianças dependem do feedback fornecido pela audição para controlar a duração, a frequência fundamental (f0) e os formantes na produção das vogais. Nos indivíduos com deficiência da audição severa e profunda, há o aumento da média de f0 em decorrência da ausência de feedback auditivo 1,2.

A produção da voz e da fala envolvem inúmeros processos de regulação. A estabilização desses processos tem seu início na infância e requer informações motoras dos caminhos para a articulação e informações sensoriais.

A informação sensorial é obtida por meio do feedback auditivo, que também interfere na correção e no aprimoramento do controle muscular dos órgãos envolvidos na produção vocal 3.

Devido a falta do feedback cinestésico apresentado por essas crianças,

as vogais tendem a ser produzidas com menor distinção. Esta falta de distinção é revelada acusticamente, dentre outros aspectos, pelo aumento da frequência do primeiro formante (F1) e decréscimo da frequência do segundo formante (F2) 4.

Existem características comprometidas em relação aos aspectos vocais encontrados em crianças com déficit na audição. A ressonância pode apresentar nasalidade, pois a língua geralmente apresenta-se posteriorizada devido a tensão da laringe, interferindo na qualidade da ressonância. O pobre monitoramento da fala resulta em alteração da f0 da intensidade e da duração da voz 5.

Nos últimos anos a tecnologia tornou possível aos surdos entrarem no mundo sonoro e melhorar sua competência comunicativa por meio do Implante Coclear, que estimula eletricamente o nervo auditivo melhorando o feedback auditivo nesses indivíduos. Os sistemas de Implante Coclear têm se tornado cada vez mais bem sucedidos em fornecer habilidades básicas para reconhecimento dos sons da fala.

Estudo realizado por Seifert et al 5 investigou a f0 da vogal [a] sustentada realizada por 20 crianças com surdez pré-lingual, implantadas antes e após 4 anos de idade. Os resultados demonstraram que as crianças implantadas antes de 4 anos apresentaram melhora no controle da voz mais rapidamente do que as crianças implantadas mais tarde e melhor controle acústico sobre sua fala, possibilitando graus normalizados de f0, bem como melhores habilidades articulatórias.

Dehqan e Scherer2 compararam a voz de um grupo de crianças com perda auditiva profunda usuárias de AASI e um grupo de crianças ouvintes normais, por meio da análise da vogal [a] sustentada. Os resultados mostraram que as crianças com perda auditiva profunda apresentaram aumento da frequência fundamental em relação ao grupo das crianças com audição normal.

É citado na literatura que alguns parâmetros da voz das crianças com surdez diferem de maneira considerável dos parâmetros da voz de crianças ouvintes. Por outro lado, existem dados na literatura argumentando que a voz das crianças usuárias de implante coclear, após o adequado feedback auditivo, apresenta as características acústicas próximas da normalidade 6,7.

Diante desses argumentos,objetivou-se a realização desse estudo comparativo entre os parâmetros vocais f0, F1 e F2 da voz de crianças usuárias de implante coclear, da voz de crianças usuárias de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e da voz de crianças ouvintes normais, por meio da análise acústica da vogal [a] sustentada e das sílabas [ka] e [pa], pois hipotetiza-se que as crianças usuárias de implante coclear, por apresentarem melhor feedback que as crianças usuárias de AASI, podem apresentar os valores dos parâmetros de f0 e dos formantes próximos aos valores dos parâmetros vocais de crianças ouvintes normais.

 

MÉTODO

Tratou-se de um estudo transversal. A amostra foi composta por 18 crianças (12 meninas e 6 meninos), numa faixa etária entre 4 anos e 8 meses e 7 anos (média de idade 5,5 anos). A amostra foi dividida em três grupos, sendo um grupo composto de 06 crianças ouvintes normais (grupo ouvintes normais- GON), 06 crianças implantadas (grupo usuárias de Implante Coclear -GIC) e 06 crianças usuárias de AASI (grupo de usuárias de AASI- GAASI), de ambos os gêneros. As crianças implantadas desse estudo receberam o implante coclear antes da idade de 4 anos.

Para tanto, foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão e exclusão:

Crianças usuárias de implante coclear

• crianças com perda auditiva neurossensorial congênita de grau severo e/ou profundo bilateral, ausência de comprometimentos de natureza intelectual ou emocional, participação em programa de (re) habilitação.

Crianças usuárias de AASI

• crianças com perda auditiva neurossensorial congênita de grau severo e/ou profundo bilateral, ausência de comprometimentos de natureza intelectual ou emocional, participação da criança em programa de (re) habilitação.

Crianças ouvintes normais

• crianças sem déficit auditivo, sem alteração vocal, ausência de comprometimentos de natureza intelectual ou emocional.

A gravação da amostra de fala foi realizada no laboratório de voz da Clínica de Fonoaudiologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, local com ruído ambiental menor que 50 dB e analisada por meio do software do programa PRAAT8 , com taxa de amostragem de 20050Hz, 16 Bit, mono canal, instalado no nobebook CCE, processador I 3 e 3 GB. As amostras da vogal sustentada foram editadas sendo eliminado o início e o final de cada emissão. O procedimento para as gravações foi o mesmo para todos os participantes. As crianças estavam sentadas com o microfone posicionado a 10 cm dos lábios e foram solicitadas a produzirem uma vogal /a/ sustentada e as palavras macaco e papai.

Foi realizada a análise acústica da vogal [a] e das sílabas [ka] e [pa] das palavras macaco e papai, respectivamente. Os parâmetros analisados na emissão da vocal [a] sustentada e da vogal [a] das síbalas [ka] e [pa] foram a f0 frequência dos formantes F1 e F2 das silabas e F2 da vogal sustentada. A escolha das palavras residiu no fato de serem de fácil pronúncia pelas crianças e por apresentarem as silabas [ka] e [pa], as quais correspondem ao oposto da configuração do trato vocal, na articulação dos fonemas posterior [k] e anterior [p].

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o n° 444-10. Os pais das crianças assinaram um termo de responsabilidade aceitando que seu filho participasse do estudo.

Os resultados das análises do grupo das crianças usuárias de implante coclear foram comparados com os resultados das crianças usuárias de AASI e com o grupo de crianças ouvintes normais.

Foi realizada a análise descritiva e os resultados dispostos em tabelas.

Para realizar a comparação entre os 3 grupos foi utilizada a análise de variância e o teste de Tukey, adotado o nível de significância de 5%.

 

RESULTADOS

Os dados foram tabulados e os resultados analisados comparando-se os valores obtidos entre os três grupos.

A Tabela 2 apresenta o resultado da análise descritiva dos parâmetros avaliados dos trës grupos.

A Tabela 3 apresenta o resultado da análise de variância dos parâmetros analisados entre os três grupos.

A diferença entre os valores da variável F1 da vogal [a] da sílaba [pa] foi o único resultado em que os grupos GIC e GON apresentaram valor estatisticamente significante.

Os demais parâmetros analisados apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os 3 grupos GIC ≠GASSI e GON≠GASSI.

 

DISCUSSÃO

Neste estudo realizou-se a comparação entre os parâmetros vocais f0, F1 e F2 da voz de crianças usuárias de implante coclear, da voz de crianças usuárias de AASI e de crianças ouvinte normais por meio da análise acústica da vogal [a] sustentada e das sílabas [ka] e [pa].

O uso da vogal /a/ sustentada para análise da voz promove importante vantagem sobre outras tarefas de avaliação, tais como frases e textos, pois esta vogal é de fácil produção para crianças pequenas. Apresenta a f0 mais baixa e F1 mais agudo, o que proporciona uma análise mais acurada(LPC)7.

Na análise dos parâmetros acústicos demonstrados na Tabela 2, o valor da média da f0 da vogal /a/ na emissão sustentada do GAASI, foi mais alta (287Hz) se comparado ao GIC, apresentando este grupo os valores mais próximos dos valores obtidos pelo GON, (252Hz). O valor mais elevado de f0 do GAASI pode ser atribuído a falta do feedback auditivo, ao pobre controle laríngeo envolvendo elevação da laringe, inabilidade no controle da tensão das pregas vocais e da pressão sub-glótica2.

Acredita-se que os valores da f0 do GIC mais próximo do GON e a diferença estatisticamente significante em relação ao GAASI (tabela 3) estejam relacionados ao ganho do controle da audição (feedback auditivo) e, consequentemente, maior domínio dos ajustes motores realizado pelo GIC desse estudo, como também pelas habilidades neuromusculares implicadas na fonação e na maturidade desses controles9.

A frequência do segundo formante F2 está relacionada ao deslocamento äntero-posterior da língua. O valor de F2 maior indica anteriorização da postura da língua, enquanto que o valor de F2 menor indica posteriorização da língua10. Ao analisar os valores de F2 da vogal /a/ sustentada, observou-se um aumento desse valor no GIC se comparado ao GAASI, demonstrando com estes valores a presença de constrição faríngea e posteriorização da língua no GAASI, indicando menor valor de F2.

O valor maior de F2 no GIC demonstrou, nesse grupo, um melhor controle de ajuste do trato vocal, concordando com Garcia9, quando argumenta que essas mudanças articulatórias estão relacionadas não só ao feedback auditivo, como também a adaptação das habilidades neuromusculares implicadas na fonação.

Durante a fala encadeada os parâmetros F1 e F2 das silabas [ka] e [pa] demonstraram que o GIC apresentou maior estabilidade com valores mais próximos do GON. Hocevar-Boltezar et al 11 argumentam que crianças com surdez pré-lingual que receberam o implante coclear até os 4 anos de idade podem apresentar melhora na fala entre 6 a 10 meses após o uso deste dispositivo.

No entanto, ao comparar a frequência do formante F1 da vogal [a] na sílaba [pa] da palavra papai, houve diferença entre os grupos GIC e GON (tabela 3). Esta foi a única variável em que as crianças usuárias de IC apresentaram divergência com relação às crianças ouvintes normais. Acredita-se que esta diferença esteja relacionada à diminuição da abertura da boca das crianças do GIC, o que favoreceu decréscimo da frequência do primeiro formante F1, demonstrando que a qualidade de uma vogal pode ser descrita do ponto de vista perceptivo por meio da transcrição fonética, ou do ponto de vista da análise acústica, por meio da frequência dos seus formantes 8.

Observa-se, de acordo com os resultados, que as crianças do GIC apresentaram melhores resultados nos demais parâmetros analisados que as crianças do GAASI, se comparado ao GON. As crianças pertencentes ao GAASI apresentaram média dos valores de F2 da vogal [a] menor que as médias dos valores apresentados pelos sujeitos do GIC na articulação das palavras (macaco e papai). As crianças usuárias de AASI, pela falta do feedback auditivo adequado, geralmente apresentam constricção faríngea e o dorso da língua mais posteriorizado, o que contribui para um aumento do espaço da cavidade oral anterior, reduzindo os valores de F2.

A análise acústica desse estudo colaborou para a compreensão dos ajustes motores desenvolvidos pelo GAASI e pelo GIC, demonstrando que os usuários de implante coclear ao serem beneficiados pelo feedback auditivo, tiveram a oportunidade de coordenar melhor os ajustes articulatórios, revelando melhor controle no mecanismo fonte e filtro.

 

CONCLUSÃO

Embora o Implante Coclear não restaure a experiência da percepção do som da mesma maneira em que é percebida pelo ouvinte normal, fornece ao usuário um melhor feedback auditivo oportunizando sua competência comunicativa.

Concluí-se que as crianças desse estudo, usuárias de implante coclear, apresentaram valores de parâmetros acústicos próximos dos valores obtidos pelas crianças ouvintes normais, sendo esses valores mais adequados que os valores apresentados pelas crianças usuárias de AASI.

 

REFERÊNCIAS

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Endereço para correspondência:
Lourdes Bernadete Rocha de Souza
Avenida Bernardo Vieira, 4312 - apto. 302
Lagoa Nova- Natal-RN
CEP: 59056-045
E-mail: hls@digizap.com.br

Conflito de interesses: inexistente

Recebido em: 11/10/2011
Aceito em: 16/04/2012